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Delegada não encontra provas de crime por motivo político em Foz

Imagem: Reprodução

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito policial que investiga o homicídio do guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda, ocorrido último domingo (10), em Foz do Iguaçu, no oeste do estado. A delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, concedeu entrevista ao lado da equipe que atuou nas investigações.

De acordo com a policial, não há provas de crime por motivo político. Entretanto, o policial penal, Jorge Guaranho, vai responder por homicídio qualificado. Entre as qualificadoras está o motivo torpe.

A investigação apontou que Jorge Guaranho estava em um churrasco antes de chegar à cena do crime. Durante o churrasco, um amigo de Guaranho, com acesso às câmeras da Associação onde ocorria o aniversário de Marcelo de Arruda, mostrou ao policial penal as imagens. Foi assim que Guaranho, que não conhecia a família de Arruda, ficou sabendo da festa temática.

Segundo a Polícia Civil, Guaranho seguiu de carro para a Associação e provocou o posicionamento político do Guarda Municipal. Os ânimos se acirraram, Arruda jogou um punhado de terra contra o carro do policial penal e a discussão se acalorou. Esse acirramento, de acordo com a delegada, não dá clareza à motivação.

“É difícil nós falarmos que é um crime de ódio, que ele matou pelo fato de a vítima ser petista”, declarou. A Polícia também teria descartado motivação política pelo fato do policial penal cometer o crime em um segundo momento. Guaranho chegou a deixar o local, mas voltou com arma em punho dez minutos depois.

Indiciamento

Nesse contexto, a Polícia Civil indiciou Guaranho por homicídio qualificado por motivo torpe e perigo comum. Segundo as autoridades, as agressões ao policial penal, enquanto ele estava caído após ser baleado por Arruda, também serão apuradas.

Participaram da coletiva de imprensa o Secretário da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, o delegado chefe da 6ª Subdivisão em Foz do Iguaçu, Rogério Antônio Lopes, a delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, a delegada da Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, Iane Cardoso, e o promotor de justiça do Gaeco, Tiago Lisboa.

Ministério Público

A partir do recebimento do inquérito policial concluído, o Ministério Público do Paraná e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) informam que vão analisar o processo e trabalhar no oferecimento da denúncia, dentro do prazo legal.

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