Está aberta a temporada de datas de liberação de pinhão em 2022. A partir de hoje (1) o pinhão já pode ser colhido, mas ainda não pode ser consumido e nem vendido no Paraná.
A recomendação do Instituto Água e Terra (IAT) é que a semente seja colhida de pinhas que já caíram, sinal mais garantido de sua maturação e fato que também evita que a pessoa corra o risco de queda ao subir numa araucária.
A liberação da colheita está contida nas normas e instruções estabelecidas na Portaria IAP nº 046/2015, mas segundo a portaria 20/1976 do Ibama, vender ou consumir o pinhão antes de 15 de abril é considerado crime ambiental.
“Mesmo sendo colhido na data permitida, é proibido o consumo e venda do pinhão verde. As pinhas imaturas apresentam casca esbranquiçada e alto teor de umidade, o que favorece a presença de fungos, podendo o alimento se tornar até tóxico para o consumo humano. Se consumido, pode prejudicar a saúde com problemas como a má digestão, náuseas e até episódios de constipação intestinal”, alerta o IAT.
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Por quê estipular datas para o pinhão?
Além da questão do amadurecimento do pinhão, a estipulação de datas têm como objetivo conciliar a geração de renda e proteger a reprodução da araucária, árvore símbolo do Paraná, ameaçada de extinção.
“Quando o pinhão cai ao chão, é uma oportunidade para animais, como a cutia, ajudarem a semear em outros lugares, garantindo a reprodução da araucária”, explica diretor-presidente do IAT, Everton de Souza.
A semente da araucária se forma dentro de uma pinha, fechada, que com o tempo vai abrindo até liberar o pinhão, o qual precisa de um tempo necessário para completar o seu amadurecimento. As pinhas maduras desprendem dos galhos geralmente entre os meses de abril a agosto e quando arrebentam esparramam as sementes do seu interior.
Denúncias
A venda de pinhões trazidos de outros Estados também não é permitida, sendo obrigatório respeitar as normas locais. Denúncias sobre a venda irregular de pinhão e demais infrações ambientais podem ser feitas no link Fale Conosco, no site do IAT, pelo telefone do Instituto em Curitiba: (41) 3213-3700 ou, ainda, nos Escritórios Regionais do IAT e na Polícia Ambiental.