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Concurso destaca técnicas em silagem de milho na ExpoFrísia

Evento apresenta qualidade do produto na região dos Campos Gerais

Reinaldo Jorge Schmidt vencedor da 10º edição com o filho Hermann Schmidt / Foto: Divulgação

A Fundação ABC iniciou nessa quinta-feira (12), durante a ExpoFrísia, a divulgação dos resultados do 13º Concurso de Silagem de Milho. Na ocasião serão apresentados os indicadores que compõem o concurso, a partir das 257 amostras inscritas nesta edição. Além disso, será revelado o ranking dos dez cooperados da Frísia com os melhores resultados no concurso.

A divulgação itinerante acontece ainda para cooperados da Castrolanda e Capal, cooperativas que são mantenedoras da Fundação ABC. A divulgação do ranking final, com os cinco primeiros colocados gerais acontece em setembro, na Arena do Leite.

Para o coordenador de pesquisa do setor de Forragem e Grãos da Fundação ABC, engenheiro agrônomo Evandro Maschietto, o concurso vem, ao longo destes 13 anos construindo um papel fundamental na conferência de qualidade para a produção de silagem de milho dos Campos Gerais.

A representatividade da bacia leiteira e a necessidade do melhoramento do material oferecido ao gado têm feito com que os agropecuaristas invistam cada vez mais na produção deste que é o principal componente alimentar. “O melhoramento genético, teores de amido e digestibilidade, ponto de corte e processamento de grãos, por exemplo, são algumas das características que levamos em consideração no momento das análises e que interferem diretamente no que é servido no cocho”, descreve.

Para Maschietto, o papel da análise busca ano a ano contribuir com o aumento nos indicadores de produtividade de leite na região. E a especialização e cuidado dos produtores tem evoluído junto com as análises do ABClab. “Temos visto um aumento na qualidade da silagem de milho, que reflete no crescimento da produção em uma reação direta de causa e efeito: quanto melhor o alimento oferecido às vacas, maior a sua produção de leite.

“Hoje a média da nossa região está entre 35 a 40 litros de leite produzidos por vaca, o que significa um resultado bastante expressivo se compararmos a outras regiões do país”, destaca.

Segundo ele, a bacia leiteira composta pelas cooperativas Frísia, Capal e Castrolanda representam uma produção de aproximadamente 860 milhões de litros de leite por ano, graças a tecnologia e a qualidade que parte desde a seleção da semente de milho, passando pela qualidade do solo, processo de plantio e manejo, até chegar a colheita, cada vez mais especializada. Em termos que efetividade na monetização do preço do leite, desde o início do concurso até agora, há um crescimento na rentabilidade de R$ 0,04 por litro de leite.

Silagem de milho

Entre as vantagens de participar do concurso de Silagem de Milho está a possibilidade de traçar um histórico de comparações e perceber a evolução a cada nova colheita. “Fazemos uma análise bromatólogica que leva em conta vários parâmetros capazes de dar uma noção geral de como está a produção daquele determinado cooperado”, conta.

O agrônomo revela que isso é essencial para atestar o que precisa ser melhorado e o que já está bom no seu processo produtivo. Entre essas análises está o índice de matéria seca da silagem. O ideal  é que esteja ente 30 a 35%.

“Inferior a 30%, temos um produto com menor qualidade nutricional e, consequentemente com menor produção de leite. Quando a matéria seca é superior a 35%  existe a dificuldade de processar e quebrar o grão do milho, de compactação no silo, e por, consequência no processo de fermentação”, explica. Segundo ele, o ponto de corte ideal da silagem passou de 34% em 2009 para 67% em 2021, evidenciando o crescimento desde a criação do concurso. “Já avançamos muito e ainda tempos muito para evoluir e produzir”, comemora.

E por falar em produtividade, Maschietto destaca que apesar da área de aproximadamente 30 mil hectares de milho cultiváveis com foco em silagem ainda existe uma demanda maior que a oferta de produto.

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