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CCR RodoNorte soma R$ 4,6 bi em investimentos na região, mas impactos vão além das cifras

Valor impacta não apenas em obras, mas também em geração de empregos, renda e arrecadação de impostos

Desde o início da concessão das rodovias que ligam Ponta Grossa a Jaguariaíva e Curitiba a Apucarana, a CCR RodoNorte já investiu cerca de R$ 4,6 bilhões na região. O valor, aplicado em construções, obras de manutenção e atendimento, impacta não apenas na infraestrutura rodoviária, mas também na geração de empregos e arrecadação de impostos, que se transformam em renda e investimentos públicos nas cidades por onde passam as estradas. As informações são da gerente administrativa da CCR RodoNorte, Eliane Barbosa, que avalia que a prestação de serviços gera “valor, segurança e qualidade ao cliente”.

“Esses investimentos geram compras de materiais, equipamentos e serviços, a maioria de empresas locais, de pequeno e médio portes. Com essas parcerias, elas acabam tendo remuneração pelos serviços prestados – o que garante empregar pessoas, pagar impostos e contribuir para o desenvolvimento econômico”, analisa Eliane, citando que a concessionária possui mais de 300 empresas fornecedoras regionais.

Dyego Mattos, engenheiro civil que coordena as obras entre Curitiba e Ponta Grossa e Ponta Grossa e Sengés, relata os impactos dos investimentos nas regiões onde eles ocorrem. “As obras são um alento aos comerciantes. A gente prioriza empresas locais. Todas essas empresas precisam de alojamentos, hotéis, restaurantes e segurança do trabalho, como clínicas para fazer exames, por exemplo, além de acabar pegando agregados, das usinas e pedreiras locais que têm na região. Tudo isso acaba fomentando o comércio nos locais do entorno das obras”, cita ele.

Geração de empregos

A CCR RodoNorte soma 666 colaboradores diretos, sendo mais 300 envolvidos diretamente no atendimento ao cliente – como socorristas, enfermeiros, médicos, operadores de guincho, equipes de inspeção e monitoramento da rodovia – e outros cerca de 3 mil empregos são gerados indiretamente por meio das obras de novos acessos, duplicações, viadutos, trincheiras, marginais, além de manutenção e conservação.

“Somos uma das maiores empregadoras da região e isso impacta diretamente no desenvolvimento econômico local. A geração de empregos reflete em consumo, que movimenta a economia, e assim temos um ciclo virtuoso”, cita a gerente administrativa da CCR RodoNorte, Eliane Barbosa.

“Quanto às vagas indiretas, geradas por meio das empreiteiras contratadas, o nosso compromisso é um tratamento igualitário, com as mesmas condições de trabalho e cuidado com saúde e segurança dos trabalhadores diretos. Todos os protocolos de trabalho e treinamento que oferecemos aos nossos colaboradores também oferecemos aos indiretos”, explica ela.

“Sobre os empregos diretos, temos um nível de fidelização muito grande, gente que trabalha há muito tempo na empresa. Isso não acontece apenas devido à questão salarial, mas também pelos benefícios ofertados e pelo clima interno, da valorização dos profissionais e da prioridade quanto à segurança e integridade física dos colaboradores. É um salário indireto, que faz parte do pacote e deve ser considerado”, afirma Eliane, que é um exemplo: ela atua como gerente financeira há 9 anos na CCR e está há 1 ano na RodoNorte.

“Somos uma das maiores empregadoras da região”, destaca a gerente administrativa da CCR RodoNorte, Eliane Barbosa (Foto: Divulgação)

Evolução profissional

Dyego Mattos é outro exemplo. Ele entrou na CCR RodoNorte há 14 anos como estagiário e passou por diversas funções até chegar a atual, de coordenador de obras.

“Em 2007, no meu último ano de Engenharia Civil na UEPG, comecei como estagiário. Logo depois que me formei já fui efetivado e comecei no escritório, no planejamento e controle de obras, e no ano seguinte fui a campo. Primeiramente como engenheiro auxiliar, fui subindo de cargo: passei a ser responsável por algumas obras e hoje estou no cargo de coordenador de obras. Na minha equipe há quatro engenheiros e acima de mim há o gerente de obras”, conta o profissional.

“A CCR RodoNorte te incentiva e tem incentivos, de salário e horizonte a longo prazo. Oferece plano de carreira e nela você pode se desenvolver e crescer, só depende de você. Além dos estágios, é o único emprego que já tive na vida: entrei com 22 anos e hoje estou com 36, casado e com dois filhos”, destaca o engenheiro civil.

Municípios receberam meio bilhão de reais através de impostos

Todos estes investimentos na prestação de serviços geram o pagamento de impostos. No caso da CCR RodoNorte, desde o início da concessão mais de meio bilhão de reais foram repassados para 18 municípios da região através da arrecadação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

Esses R$ 537,4 milhões, constitucionalmente, devem ser aplicados da seguinte forma: no mínimo 25% são destinados à educação, 15% para a saúde e o restante é recurso livre, podendo ser utilizado da forma que a Prefeitura decidir – como, por exemplo, em segurança pública, assistência social ou pagamento de funcionários.

Distribuição

A distribuição dos recursos do ISSQN deve obedecer a legislação vigente e, por isso, varia de acordo com a extensão das rodovias cuidadas pela concessionária no município. Por conta disso, Ponta Grossa é a cidade que mais recebeu repasses ao longo destas mais de duas décadas: R$ 88,2 milhões. Na sequência, os maiores valores de repasse são para Ortigueira (R$ 71,5 milhões), Tibagi (R$ 65,1 milhões), e Piraí do Sul (R$ 33,7 milhões).

A empresa também calculou o ranking do valor proporcional em relação ao total arrecadado por cada município. Em 2020 a classificação é liderada por Califórnia (80,5%), Tibagi (72,3%), Imbaú (67,3%), Marilândia do Sul (64,5%) e Piraí do Sul (56,8%).

“Para a região, o ISSQN é o principal imposto. Incide em pedágio, receita acessória e nas obras. Além dele, também temos os tributos federais, como PIS, Cofins e imposto de renda”, lembra a gerente administrativa da CCR RodoNorte, Eliane Barbosa.

Apoio na pandemia

Apenas no ano passado a CCR RodoNorte contribuiu com quase R$ 50 milhões a partir deste imposto, com os maiores beneficiados sendo Ponta Grossa (R$ 8 milhões), Ortigueira (R$ 6,7 milhões), Tibagi (R$ 6 milhões), Piraí do Sul (R$ 3,2 milhões) e Castro (R$ 3,1 milhões). Além destas cidades, Apucarana, Califórnia, Marilândia do Sul, Mauá da Serra, Imbaú, Balsa Nova, Palmeira, Curitiba, Campo Largo, Faxinal, Ipiranga, Jaguariaíva e Carambeí também recebem repasses financeiros da CCR RodoNorte.

De acordo com informações da concessionária, os números, inclusive, apresentam alta em relação ao ano anterior, indo na contramão de outros impostos que tiveram queda na arrecadação por conta da pandemia da covid-19.

Aproximadamente 3.300 empregos são gerados pela atuação da CCR RodoNorte, entre diretos e indiretos (Foto: Arquivo DC)

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