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Castrolanda, Frísia e Capal somam R$ 10 bi em faturamento e impactam cooperados

As três cooperativas que formam a marca institucional Unium registram faturamento 21 vezes superior ao orçamento das suas cidades-sede, desempenho que impacta no desenvolvimento das atividades dos seus cooperados e resulta na projeção de novos investimentos para este ano

Johannes Roesl Kassias, da Chácara Beija-Flor, cita o acesso a pesquisas, inovações e recomendações disponibilizadas pela sua cooperativa (Foto: Fábio Matavelli)

Você consegue quantificar R$ 10,27 bilhões? A título comparativo, isso representa 9 vezes o orçamento de 2020 de Ponta Grossa e 21 vezes o orçamento conjunto de Castro, Carambeí e Arapoti – as três cidades-sede das cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal, respectivamente, que, somadas, alcançaram esse resultado recorde no ano passado. Com crescimentos que variam entre 26% e 39,4%, as três empresas que formam a marca institucional Unium reafirmam a força da união e do agronegócio, refletindo na economia e também diretamente na vida de cidadãos dos Campos Gerais.

Os reflexos são tão grandes que chegam a mudar completamente a vida de algumas pessoas. É o caso de Fernanda Krieger Bacelar Pereira, empresária da Bacelar Agroleite (Arapoti), e de sua família. Publicitária por formação, com anos de experiência em comunicação corporativa em empresas como O Boticário, Fernanda se tornou produtora de leite há cerca de 4 anos e meio após seus avós, que trabalham no agronegócio, faleceram.

“Nossa propriedade já era da família, meu avô a arrendou por muitos anos. Quando meus avós faleceram eu assumi a leiteria e meu pai, que é médico em Umuarama e agora vem a cada 15 dias para Arapoti, assumiu a agricultura”, conta ela, que produz milho, aveia e sorgo para as vacas, enquanto que seu pai, Manoel Bacelar, é o responsável pelo cultivo de soja, feijão e trigo para comercialização.

Fernanda possui 320 vacas para lactação e conta que está em processo de crescimento: nos últimos três anos a Bacelar foi reconhecida como uma das principais leiterias do Paraná em qualidade e está voltada para a melhoria de processos – e, para isso, conta com o apoio da cooperativa Capal, sediada na mesma cidade.

“Meu avô já era cooperado e agora eu e meu pai também. A cooperativa nos ajuda muito com informações técnicas, serviço de assessoria semanal, análises de desempenho, da comida dos animais e de seu score corporal… nos dá auxílio para que possamos conseguir cada vez mais resultados, pois como qualquer outra empresa o ‘agro’ está muito tecnificado e precisa trabalhar com máximo de eficiência”, destaca Fernanda.

Fernanda Krieger Bacelar Pereira, da Bacelar Agroleite, destaca assessoria técnicoeconômica da sua cooperativa (Foto: Arquivo Pessoal)

Apoio nas compras

A produtora lembra que como a compra de insumos é em dólar, desde o ano passado os custos vêm sofrendo altas – mas, com o apoio da cooperativa, foram alcançados bons resultados. “50% de todo o gasto da leiteria é com comida de vaca – e esses insumos aumentaram de preço, como o farelo de soja, que dobrou. Até novembro de 2020 o custo de produção do leite aumentou 150%, mas a Capal nos prestou assessoria com informações, reuniões online para saber como estava o cenário e se teríamos que fazer algum ajuste em custos e onde poderíamos reduzir gastos, por exemplo”, cita Fernanda Krieger Bacelar Pereira.

“Conseguimos nos antecipar em alguns ajustes devido a essas reuniões; ao saber que um produto poderia aumentar de preço já começamos a pensar em substituições, por exemplo. E também a cooperativa faz compras programadas, e por fazer em maior escala os preços são melhores – e com preços referentes à sua respectiva época”, explica ela.

Pesquisas

No caso de Johannes Roesl Kassias, da Chácara Beija-Flor, a pesquisa é citada como um dos principais apoios da cooperativa a que pertence. Johannes é produtor de batata e flores e suinocultor e atua junto ao pai, que produz soja, milho, feijão, trigo e cevada, e ao irmão, que gerencia uma leiteria. Para se ter uma ideia, eles possuem mais de cem vacas e mais de 1.400 suínos

Todos são cooperados da Castrolanda e possuem ou arrendam terras basicamente em Castro, tendo a agricultura como carro-chefe.

“Nossa produtividade vem aumentando ano a ano, e isso tem a ver com tecnologia, com o clima, com as condições da região e com a cooperativa e a Fundação ABC”, cita ele, referindo-se à fundação que promove soluções tecnológicas para os mais de 5 mil produtores rurais filiados das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, além dos agricultores contribuintes, como os da Coopagricola (Ponta Grossa-PR) e do grupo e BWJ (Formosa-GO).

“Os nossos agrônomos acompanham 100% os campos de pesquisa, e a cooperativa, baseada nisso, faz a compra e recomendação de insumos. Então a margem de erro cai muito, pois as plantas ficam com variedades boas e usamos produtos que funcionam bem. Temos assistência semanal de insumos, por exemplo”, lembra Kassias, que completa: “É vantajoso ser cooperado porque você tem indiretamente funcionários da cooperativa trabalhando para você, e isso ajuda muito o produtor”.

Johannes Roesl Kassias, da Chácara Beija-Flor, cita o acesso a pesquisas, inovações e recomendações disponibilizadas pela sua cooperativa (Foto: Fábio Matavelli)

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