O presidente da FIEP-PR, Carlos Walter Martins Pedro, foi o convidado na palestra transmitida pelo portal DCmais nesta semana, durante a mais recente edição do 12º Fórum Empresarial. Na ocasião, ele apresentou estatísticas relevantes sobre a força da indústria no Paraná e na região de Ponta Grossa, revelando que o setor industrial da cidade emprega 63 mil trabalhadores, e é parte importante do conjunto no estado.
Ele acrescentou que a cidade responde por 7,7% da força de trabalho na indústria estadual, fortalecendo o Paraná, que tem o segundo polo automotivo do país, sendo especialmente importante na produção de leite, trigo, móveis, papel e celulose e no segmento metal mecânico.
Emprego
Martins Pedro destacou que o Paraná possui quase 51 mil indústrias que empregam 815 mil trabalhadores. Além dessas, há outras 17,6 mil empresas de serviços, que estão atreladas à atividade industrial. Entre esses segmentos está o setor de reparação de veículos, audiovisual e de telecomunicações, também muito fortes em Ponta Grossa. “Dessa forma, a FIEP representa mais de 68 mil empresas no Paraná que, juntas, geram mais de 916 mil empregos diretos”, disse.
Paraná
Essa indústrias de que falou representam 26,1% da participação do PIB no estado, respondendo por R$ 105,7 bilhões do PIB no Paraná. O estado, por sua vez, possui o 4º maior PIB industrial do país, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Durante 10 anos (2009-2019) foi o segundo estado que mais aumentou a participação no PIB industrial nacional. Atualmente, responde por 8,4% do total de empregos gerados pela indústria brasileira.
Inter-relação
Segundo Martins Pedro, a cada R$ 1,00 gerado na indústria, outros R$ 2,32 são gerados na economia brasileira. Para cada R$ 1 bilhão produzido na indústria de transformação, outros R$ 540 milhões são consumidos de outros setores.
No Brasil
A indústria paga os melhores salários no Brasil, e no Paraná esse pagamento é melhor que no resto do país. No Brasil o produto industrial representa 55% das exportações, 66% dos investimentos em pesquisa no setor privado, 30% das arrecadações federais e 26% da arrecadação previdenciária.
Desafios
O presidente da FIEP descatou como principal desafio hoje o elevado “Custo Brasil”, com entraves para o setor industrial. “A carga tributária é excessiva, e exige, principalmente, mudanças a partir do Congresso Nacional, nas leis. O setor industrial é o segmento com maior incidência de impostos”, disse, apresentando também a atuação da FIEP no apoio ao setor industrial.