O Parque Histórico de Carambeí, em parceria com a Prefeitura Municipal de Carambeí, vai promover neste final de semana (dias 5 e 6 de outubro) o tradicional Festival de Tortas. Na manhã desta terça (1°), o DC recebeu a visita de duas confeiteiras que fazem parte do festival desde as primeiras edições: Marisa Droog e Minie Boer, acompanhadas da secretária de desenvolvimento de Carambeí, Aline Valer, e a assessora de comunicação do Parque Histórico, Ana Paula Bomfim. Elas deram todos os detalhes do evento e divulgaram as novidades que esperam os visitantes nesta edição.
O Festival de Tortas de Carambeí teve início em 2010 e, este ano, chega à sua 7ª edição. “O evento deixou de acontecer por dois anos e retornou em 2017. A pausa foi justamente pela preocupação em investir na infraestrutura necessária para receber os turistas. Conseguimos trabalhar bastante nessa questão e ainda têm investimentos previstos, como um outro acesso para a cidade, por exemplo. Então algumas coisas estão sendo trabalhadas ainda, mas já conseguimos muito do que estávamos pleiteando em infraestrutura para receber os visitantes”, destaca a secretária Aline Valer.
Mas afinal, de onde surgiu a tradição das tortas de Carambeí? Ana Paula Bonfim conta que a tradição da confeitaria foi trazida ao município pelos imigrantes e o costume é difundido pelo Parque Histórico como patrimônio imaterial. “Os imigrantes tinham a tradição de comer o café com bolo, era um momento de conversa, de contato com a família, aliado à gastronomia. No início eram bolos secos, não existiam essas tortas como hoje em dia, com nata, confeitadas e elaboradas. Isso foi sendo aperfeiçoado pelas famílias ao longo dos anos”, destaca. Ela explica que a criação do festival se deu na busca por um produto turístico para a cidade e a observação do sucesso que as tortas faziam Carambeí afora. Na época foi feito um levantamento das confeiteiras da cidade e a proposta cresceu até se consolidar como um grande festival.
“O que é bonito do Festival de Tortas é que surgiu como um costume da imigração holandesa e hoje se estabelece como um negócio familiar. Com o tempo as torteiras artesanais começam a abrir seus próprios empreendimentos e tudo se mantém em família, na maioria das vezes entre mães e filhos. Com tudo isso, a gente observa que o Festival de Tortas não deu certo apenas como produto turístico, mas também como incentivo ao empreendedorismo na cidade”, ressalta Aline Valer.
As confeiteiras Minie Boer e Marisa Droog contam como entraram para o festival. Minie foi desafiada pela cunhada, em meados de 2011, a preparar tortas para um empreendimento que ela ia abrir. Atualmente ela trabalha com algumas encomendas e todos os anos participa do festival. Já Marisa, deu início à produção há muitos anos, quando saiu do antigo emprego, na Cooperativa Batavo. “Já fazia em casa, para a família e comecei a pegar encomendas. Nunca mais parei. O festival é cansativo, mas também é muito gratificante. Você olha e decora com carinho cada torta que faz e no final vale muito a pena”, garante.
Preços e novidades
Neste ano os pedaços de torta (doces e salgadas) serão comercializadas a R$ 10, assim como os bolos confeitados. A novidade deste ano, o bolo da vovó, será vendida a R$ 5. Serão sabores como fubá e chocolate, para quem gosta de bolos mais simples e sem confeitos.
Ao todo serão 10 torteiras trabalhando no festival e quase 100 tipos de tortas doces, além das salgadas, empadões, bolos, etc. Outra novidade deste ano será o estande com opções low carb, sem lactose, veganas, vegetarianas, entre outras variações. Serão vendidos ainda diversos tipos de bebida como café chocolate quente, chá, suco, chá gelado e chope.
Horários e entrada
Neste final de semana a entrada será gratuita no Parque Histórico de Carambeí. As alas museais ficam abertas das 11h às 18h para visitação. O Festival de Tortas, que acontece no Pavilhão de Exposições da Frísia Cooperativa Agroindustrial, anexo ao Parque, terá funcionamento das 14h às 22h.
Novo produto turístico de Carambeí será lançado durante o festival
A secretária do desenvolvimento de Carambeí, Aline Valer, adianta uma das principais novidades do evento: o lançamento do novo produto turístico da cidade. Trata-se da Rota do Conhecimento. “Estivemos no Festuris, em Gramado, e lá a secretária de educação e cultura, Ana Wieslava Kaspchack, conheceu uma artista plástica que confeccionava cabeças e dentro contava uma história. Com isso, surgiu a ideia da Rota do Conhecimento, que traz um turismo mais escolar e histórico”, aponta. “Inicia lá em Castro (pois antes Carambeí pertencia a Castro), contando toda a história do município de Carambeí, desde a imigração até a emancipação política do município, então é uma rota que vale a pena conhecer e já tem bastante instituição de ensino interessada no produto”. O projeto foi desenvolvido pela secretária de educação e é uma parceria entre os municípios.