A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) prevê que Ponta Grossa deverá contar com a captação de água do Rio Tibagi, a partir de 2026. Embora a estatal já tenha antecipado obras no sentido de dar agilidade a esse processo, que permitiria ampliar a captação de água em 600 litros por segundo, a conclusão dos trabalhos está condicionada a um eventual novo contrato com o município, o que só pode ocorrer após o término do atual, com validade até 2026.
A informação é da assessoria de imprensa da Sanepar, e complementa as informações dadas pela gerente regional da Sanepar, Jeanne Schmidt, que apresentou alguns detalhes da prestação de serviço e obras sob responsabilidade da companhia, em sessão na Câmara Municipal nesta semana. Uma das revelações que Jeanne fez é a intenção de a Sanepar tornar a Represa de Alagados uma reserva para períodos de estiagem, mantendo a captação direta apenas do Pitangui e do Tibagi.
“A gente passou por um período bem crítico de estiagem e recebemos reclamações do nível que tivemos que manter na represa para possibilitar a vazão suficiente no Pitangui, que é afluente do Alagados. Hoje as duas captações de água são do mesmo rio [Pitangui]. (…) Mas o plano da companhia é fazer a captação do Tibagi para poder desativar, a médio prazo, a captação do Alagados”, disse Jeanne.
Conforme dados disponibilizados pela Sanepar, atualmente a capacidade de vazão do Pitangui é de 750 litros por segundo e do Alagados é de 350 litros por segundo. São cerca de 95 milhões de litros diários, enquanto que o consumo médio diário é de 81 milhões de litros. Significa que Ponta Grossa consome, em média, 90% da água disponível em sua captação.
Contrato
Mas a companhia lembra que a continuidade do projeto de ampliação do sistema produtor no Tibagi pela companhia depende de um novo contrato entre a Sanepar e o Município, em acordo com o novo Marco Regulatório do Saneamento, o que, portanto, limita maior detalhamento das informações sobre o projeto de reestruturação do sistema neste momento.
Estrutura
Por enquanto, a estrutura existente, somada às diversas melhorias implementadas pela Sanepar nos últimos anos, mantém a regularidade do abastecimento na cidade.
Entre as mais recentes, a recuperação da barragem do Rio Pitangui, concluída no ano passado, e, neste momento, há um edital de concorrência em andamento para a duplicação da adutora do Rio Pitangui, que aumentará a captação em 100 litros por segundo, chegando a 850 litros por segundo.