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Calor excessivo traz risco à cultura do trigo

Os produtores de trigo dos Campos Gerais continuam atentos às condições climáticas, que não têm sido nada favoráveis à cultura nesta safra. O calor excessivo e a estiagem continuam trazendo prejuízos. Neste momento, os agricultores já sabem que não será possível obter a produtividade estimada no início do plantio. O rendimento em algumas áreas será 20% menor que a obtida na safra passada, podendo ser ainda maior caso não chova nos próximos dias.

A preocupação dos produtores vai além, uma vez que as altas temperaturas podem resultar em chuvas com granizo, o que “seria um desastre”, na opinião do agricultor, Douglas Taques Fonseca. “O trigo está sofrendo bastante. A estiagem continua. A perda já aconteceu, mas uma boa chuva pode amenizar a situação”, diz, mas salienta que acompanhada de granizo trará prejuízo ainda maior.

O produtor, Luís Alberto Pilatti, observa que o problema mais grave é a temperatura de verão em pleno inverno. “Com a temperatura muito alta a planta entra em estresse”, explica. Ele observa ainda que o calor excessivo propicia o aparecimento de doenças, o que também tem deixado os produtores em alerta.

Pilatti acredita que a produtividade média na sua propriedade deverá girar entre 3 mil e 3,1 mil quilos por hectare, volume bem diferente do obtido na safra de 2016, quando foram colhidos em torno de 4 mil quilos por hectare.

Mercado

O mercado nacional de trigo está condicionado ao internacional, já que o Brasil é importador da cultura. “A Rússia e a Argentina estão tendo uma boa safra. Nosso trigo é balizado pelo internacional e se a safra lá for boa pouco afetará o nosso mercado”, comenta Pilatti.

 

Calor e estiagem preocupam os produtores desde o início do plantio

Foto: Fábio Matavelli/Arquivo

Estimativa inicial apontava para 455 mil toneladas

No início de junho, quando os produtores estavam iniciando o plantio de trigo nos Campos Gerais (18 municípios), o Departamento de Economia Rural (Deral) do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) estimava uma safra de 455 mil toneladas, volume menor que o colhido em 2016 (559,8 mil toneladas). A redução era devida à área plantada que passou de 141.200 hectares para 130 mil hectares. Já a produtividade média prevista era de 3,5 mil quilos por hectare.

 

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