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Associação Paranaense de Juízes repudia ataques à Justiça Federal

A Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) emitiu nota oficial manifestando apoio ao trabalho desenvolvido por Juízes Federais, Desembargadores e Ministros que atuaram e atuam nos processos relativos à operação lava-jato. A entidade afirma que ‘é inconcebível um Ministro da Corte de maior hierarquia do Judiciário’ atacar a Justiça Federal como um todo.

O posicionamento veio após o STF anular as decisões da ‘Lava-Jato’ em relação a casos que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao julgamento de suspeição do juiz Sérgio Moro.

“Somente em países autoritários e ditatoriais é possível exigir que, por discordar de decisões de alguns de seus membros, seja realizada uma reformulação total de um órgão do Poder Judiciário, e que a Justiça Federal necessitaria ser ‘salva’, como se uma pessoa pudesse tomar para si a condição de ‘salvador da pátria’ de uma instituição com mais de 130 anos de existência”, diz a nota.

“Todas as decisões proferidas na operação lava-jato estiveram, e estão, sujeitas a toda sorte de recursos, sendo a maioria esmagadora dessas mantidas pelas mais diversas instâncias, inclusive pelo próprio STF. Se alguma decisão deve ser reformada, que assim o faça o órgão competente, como acontece diuturnamente em todos os ramos da Justiça. O que não se pode admitir é que, a pretexto da suposta necessidade de reforma de uma decisão, se exorte a necessidade de reforma de toda uma instituição para se adaptar a anseios individuais”, acrescenta a Associação.

“Generalizações costumam ser perniciosas. Jamais se poderia dizer que, por discordar da decisão de um Ministro, se possa levar a reforma de todo o STF; ou que todos os Ministros antecipam seus votos para a imprensa; ou que todos manifestam orientações partidárias em seus votos e opiniões; ou que todos exercem atividades empresariais; ou que todos desrespeitam as instituições e os membros que fazem parte do Poder que representam, inclusive, se utilizando de provas ilícitas para tanto”, diz.

“Nesse propósito, a APAJUFE reafirma seu compromisso na defesa dos Magistrados Federais e da Justiça Federal, acreditando que o Poder Judiciário não só pode, como deve promover, no seio da sociedade, elementos de estabilidade democrática por meio da serenidade de seus membros e do exercício da profissão com imparcialidade, cortesia, transparência, humanidade, prudência, honra, decoro, integridade e, especialmente, respeito, como exige o artigo 35 da Lei Orgânica da Magistratura Federal”, conclui.

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