À medida em que a prova final das Olimpíadas de Matemática das Escolas Estaduais do Paraná (OMAP) se aproxima, a expectativa dos finalistas do concurso é proporcional ao tempo que têm dedicado aos estudos. A olimpíada reuniu todos os alunos do 6º ano do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio da rede estadual que fizeram a Prova Paraná, nos dias 26 e 27 de abril.
Do total de 867.285 participantes, 106.614 passaram para a segunda fase, em torno de 10% dos estudantes. Essa etapa foi realizada entre 12 e 16 de junho. E apenas 5%, aproximadamente 4.500 alunos, chegaram à reta final, cujas provas vêm sendo aplicadas desde o dia 31 de julho e seguem até esta sexta-feira (4).
Caio Cordeiro, aluno do ensino fundamental do Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba, foi um dos que garantiu lugar entre os finalistas. Mesmo admitindo que Matemática não é sua matéria predileta, ele garante que vai “arregaçar as mangas” em busca do melhor resultado. “O momento é de foco total. Por isso busco lugares silenciosos onde eu possa manter a máxima concentração”, afirma o jovem, que tem transtorno do espectro autista (TEA).
Caio é apaixonado por Ciências, Geografia e História (tendo predileção pelo estudo das Grandes Guerras) e quer ter “os pés no chão” na Matemática. No entanto, demonstra entusiasmo com a possibilidade de passar alguns dias na terra das Cataratas do Iguaçu, onde se reunirão os melhores do Estado.
A mãe de Caio, Cintia Josilaine Nascimento, não esconde o orgulho pela conquista do filho. “Como mãe sinto muito orgulho dele, porque sei que é capaz. A Olimpíada de Matemática é uma ótima oportunidade para que as pessoas com autismo mostrem seu potencial. Nesse sentido, o concurso traz bons resultados tanto para ele quanto para os demais colegas, que podem ver que, apesar de algumas dificuldades, as pessoas com autismo podem realizar tudo e alcançar destaque”, celebra.
“Ele se mantém tranquilo, mas sei que vai ficar feliz se for um dos vencedores. Se isso acontecer, quero que ele tenha a experiência de viajar e que explore o mundo e todas as oportunidades que puder em nome de uma educação cada vez mais forte”, conclui a mãe.