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Adapar mantém sinal de alerta contra ‘semente chinesa’

Orientação é para que não se realize o plantio de produto desconhecido

Foto: Alessandro Casagrande/Adapar

Pacotes não encomendados de sementes estão chegando na casa de paranaenses e intrigando a comunidade e também autoridades no assunto. O produto está vindo do continente asiático e sendo entregue normalmente pelos Correios. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) está analisando caso a caso e orienta para que o órgão seja acionado quando as misteriosas semente chegarem. Via redes sociais, uma moradora de Ponta Grossa relatou ter recebido o pacote.

Madalena, de 66 anos, informou que o produto chegou no início da Primavera e eram semelhantes a sementes de margaridas. Ela fez o plantio, mas não houve germinação até o momento.

Segundo Renato Rezende Young Blood, gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, o correto é não realizar o plantio e acionar a agência estadual para recolhimento da semente. O órgão já está atuando nesta questão, mas as análises não estão concluídas e variam de acordo com a forma como foram apanhadas.

“A avaliação é uma quando se trata da semente e outra quando se trata dela já plantada. Quando está plantada, o plano de ação é diferente e exige uma avaliação mais criteriosa que envolve questões de solo, por exemplo”. O gerente afirma que o alerta está mantido em relação à ‘semente chinesa’. O mesmo vale para qualquer produto do setor que venha de fora do país e até mesmo do estado.

“Todo material de fora pode trazer algum risco. Por isso o alerta permanece. Temos exemplos de pragas que estão em outros estados, mas não no Paraná. Então tudo o que vem de fora pode prejudicar a agricultura, a flora local e o meio ambiente. No caso de outro país, temos ainda menos informações. Então não sabemos se pode ser uma planta exótica, se vai se adaptar ao nosso meio e se pode se multiplicar”, acrescenta Young Blood.

Orientação

Quem receber os pacotes deve procurar uma unidade da Adapar mais próxima, ou do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Também pode entrar em contato com a Adapar pelo telefone (41) 3313-4000.

O que dizem os Correios?

Questionada sobre o processo de triagem, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos emitiu nota sobre a entrega das ‘sementes chinesas’ e de produtos que possam apresentar risco. “Todas as remessas internacionais são primeiramente fiscalizadas e nacionalizadas pela Receita Federal do Brasil (RFB), antes de seguirem no fluxo postal nacional. Os Correios colaboram com a Receita, no compartilhamento de aparelho de raio X e de pessoal capacitado para atuar na triagem e identificação dos objetos. É de responsabilidade deste órgão acionar as instituições competentes, em caso de detecção de remessas internacionais que contenham objetos proibidos ou perigosos”.

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