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1,3 mil técnicos são treinados para combater a Doença da Folha Verde do Tabaco

Das Assessorias

Treinamentos realizados entre julho e setembro na Região Sul do Brasil ampliaram conhecimento de profissionais das empresas associadas ao SindiTabaco

Enquanto os produtores de tabaco aguardam para iniciar a colheita de uma nova safra, um grande treinamento reuniu as equipes de campo de 16 empresas associadas ao Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), com o objetivo de ampliar conhecimentos sobre a Doença da Folha Verde do Tabaco.

Realizado em doze eventos, entre julho e setembro, o treinamento GTS e Colheita Segura do Tabaco aconteceu nas principais regiões produtoras de tabaco da Região Sul do Brasil e contou com a participação de 1,3 mil profissionais das equipes de campo das empresas associadas. No Rio Grande do Sul foram realizados encontros em Camaquã, Canguçu e Santa Cruz do Sul. Em Santa Catarina, os eventos foram realizados em Araranguá, Canoinhas, Maravilha e Rio do Sul. Já no Paraná, Irati e Realeza sediaram os seminários.

Conhecida pela sigla GTS (Green Tobacco Sickness), a Doença da Folha Verde do Tabaco é uma intoxicação aguda moderada causada pela absorção de nicotina pela pele em contato com a folha úmida do tabaco. O médico do Trabalho e doutorando em Genética Toxicológica com pesquisa sobre o tema, Dr. Jodel Alves, palestrou nos eventos e avaliou de forma positiva a iniciativa. Segundo ele, informação pode ser diferencial no diagnóstico correto. Isso porque o GTS possui sintomas semelhantes à da exposição por agrotóxicos. “É comum a confusão uma vez que não existe na classe médica e no serviço de saúde esclarecimento e treinamentos sobre esta enfermidade, o que seria de fundamental importância na região produtora de tabaco”, afirma.

Fatores de Risco

A exposição à nicotina acontece no contato da pele com a resina da planta (goma) nas folhas de tabaco durante a colheita, no desponte, no recolhimento da lavoura e no carregamento das estufas e galpões de cura. Por isso, o não uso de luvas e da vestimenta apropriada, associado ao calor, aumentam as chances da intoxicação. Absorvida pela pele, a nicotina é transportada até os vasos sanguíneos. Sua absorção é maior com o aumento da área exposta e com a presença de lesões de pele. A Doença da Folha Verde do Tabaco tem sintomas passageiros e variam em intensidade e persistência, de acordo com cada indivíduo e o grau de exposição. São eles: náuseas, vômitos, tonturas, dor de cabeça, diarreia, perde de apetite, dor abdominais, visão embaçadas, lacrimejamento, abatimento, dificuldade para respirar, alteração na frequência cardíaca e pressão sanguínea.

Como se proteger

A intoxicação causada pela nicotina das folhas do tabaco e sua ocorrência pode ser prevenida com a utilização da vestimenta para Colheita do Tabaco. A vestimenta de colheita que os produtores recebem ao preço de compra pelas empresas começou a ser desenvolvida em 2009, quando o SindiTabaco contratou um consultoria especializada para pesquisa, desenvolvimento e descrição das especificações técnicas da vestimenta.

Entre 2010 e 2011, uma segunda empresa foi contratada, desta vez para avaliar a eficácia da vestimenta, sua segurança operacional e o grau de proteção à Doença da Folha Verde do Tabaco. O estudo comprovou cientificamente que a vestimenta de colheita assegura uma diminuição da exposição dérmica de 98%, sendo considerada altamente eficiente no controle do problema. A vestimenta aprovada é confeccionada em nylon (100% poliamida) emborrachado e resinado, impermeável à água. A cor verde clara oferece conforto térmico e o desconforto com relação ao calor é diminuído com aberturas para ventilação nas costas da blusa. A luva nitrílica acompanha o kit e recomenda-se ainda o uso de chapéu e botas.

“Além dos altos investimentos feitos nas pesquisas de desenvolvimento de uma vestimenta eficaz, as empresas tem investido em informação e conscientização sobre o tema, com o objetivo de preservar a saúde e a segurança dos produtores integrados”, afirma o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke. Segundo o executivo, uma cartilha sobre o GTS deverá circular no campo ainda nesta safra, abordando os principais cuidados relacionados à doença.

 

Divulgação

Vestimenta apropriada para a colheita de tabaco, desenvolvida por empresa especializada

 

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