A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) confirmou “possível associação” entre a vacina contra o coronavírus da AstraZeneca e casos raros de coágulos sanguíneos, mas reforçou que os benefícios do uso do imunizante superam os riscos de efeitos colaterais adversos.
Em comunicado, o regulador medicinal da União Europeia informou que profissionais de saúde devem estar cientes da possibilidade de surgimento de coágulos combinados com níveis baixos de plaquetas em duas semanas após a aplicação do profilático. Até agora, a maior parte dos casos ocorreu em mulheres com menos de 60 anos.
Segundo o Comitê de Segurança da agência, os fenômenos ocorreram no cérebro, no abdômen e nas artérias. Foram analisados 86 pacientes, entre os quais 18 morreram – de cerca de 25 milhões de pessoas vacinadas. Uma das explicações plausíveis, segundo a EMA, é de que os coágulos seriam uma resposta imune, levando a uma condição similar a de indivíduos tratados com a droga heparina.
De qualquer forma, a agência reitera que os eventos tromboembólicos são “muito raros” e que a vacina da AstraZeneca, que foi desenvolvida junto com a Universidade de Oxford, é segura e eficaz.