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Rússia alerta para “perigo real” da 3ª Guerra Mundial

Foto: Bloomberg

O  secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, esteve na capital da Rússia para conversações com o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, sendo recebido também pelo presidente do país, Vladimir Putin. O ministro russo afirmou que quer continuar as negociações de paz com a Ucrânia. Ele alertou para o “perigo real” do conflito se transformar na Terceira Guerra Mundial.

Na reunião com Putin, António Guterres reiterou a posição das Nações Unidas sobre a Ucrânia e, segundo seu porta-voz, os “dois discutiram propostas para assistência humanitária e evacuação de civis de zonas de conflito, especialmente em relação à situação em Mariupol”.

O presidente Putin concordou, a princípio, com o envolvimento das Nações Unidas e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na evacuação de civis da usina siderúrgica de Azovstal em Mariupol.

Guterres contou a jornalistas que teve “uma discussão bastante franca com Lavrov” e que está “claro que existem duas posições diferentes sobre o que está acontecendo na Ucrânia”.  

De acordo com a Rússia, o que ocorre é uma “operação especial militar”, enquanto para a ONU a invasão iniciada em 24 de fevereiro é uma “violação da integridade territorial do país e vai contra a Carta das Nações Unidas.” 

António Guterres disse ter “uma profunda convicção de que quanto antes a guerra acabar será melhor para o povo da Ucrânia, para o povo da Federação Russa e para todos aqueles que estão além.” Destacando seu papel como “mensageiro da paz”, o secretário-geral relembrou que a ONU já fez repetidos apelos por cessar-fogo para proteger civis, assim como por diálogos políticos para uma solução, o que ainda não aconteceu.  

Fazendo referência à “batalha violenta” em Donbas, no leste da Ucrânia, ele observou que muitos civis estão sendo assassinados, centenas de milhares foram sitiados pelo conflito, acrescentando que diversos relatórios sobre violações, assim como possíveis crimes de guerra, precisarão de uma investigação independente para uma responsabilização eficaz.  

O secretário-geral falou sobre a necessidade de um mundo “multipolar”, que cumpra a Carta da ONU e a lei internacional, e que reconheça a total equidade entre Estados, na esperança de que a humanidade novamente se una para tratar de desafios comuns como mudança climática “e onde a única guerra que tenhamos seja aquela guerra que coloca o planeta em risco.” 

O secretário-geral estará na Ucrânia na próxima quinta-feira (28), onde terá uma reunião de trabalho com o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, e será recebido pelo presidente Volodymyr Zelensky.

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