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Ruas de Irpin são retrato de caos em meio à guerra na Ucrânia

Suspeitos de saque são presos, julgados e punidos em via pública

Homens presos a postes após terem, supostamente, saqueado residências / Reprodução Twitter

Após 21 dias de conflito armado na Ucrânia, o cenário, para aqueles que permaneceram no país sob ataque da Rússia, é bem diferente do registrado no final do mês passado. Em fevereiro, a situação era de incerteza, tensão e envolvia a difícil decisão das famílias ucranianas sobre permanecer em seus imóveis e se envolver no conflito, ou partir rumo às fronteiras, em busca de lugares igualmente incertos, mas supostamente mais seguros. Agora, o contexto é de caos.

Guerra na Ucrânia

O jornalista brasileiro Yan Boechat é um dos que decidiram permanecer na Ucrânia. Enquanto produz conteúdo para TV, ele vem relatando, em seu perfil no Twitter, algumas das cenas que presencia nas ruas do país. Estava em Kiev no início do conflito e agora está em Irpin, a 48 quilômetros da capital. Ali registrou, nessa semana, uma cena que sintetiza, em parte, o cenário no país.

“Três homens acusados de saquear casas abandonadas são presos a postes com sacos plásticos. Estão despidos da cintura pra baixo. Faz quase zero grau. Soldados colocam batata em suas bocas para que não falem”, narrou Boechat, assim mesmo, usando o tempo e dando o tom de “simultâneo” à descrição.

Suspeito de saque preso a postes em Irpin/ Reprodução Twitter

Não é possível dizer até que ponto os saques não são resultado da dificuldade de encontrar produtos básicos como alimentos e remédios, já que a cidade está com todos os estabelecimentos fechados. Nas ruas há corpos espalhados e não é possível dizer sequer a nacionalidade de quem perdeu a vida, menos ainda se eram soldados ou civis.

Redes sociais

Paralela aos relatos do jornalista – que busca escapar ao fogo cruzado entre russos e ucranianos ocultos em cantos de janelas ou por detrás de sacos de areia – outra batalha acontece na rede social. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia segue compartilhando vídeos, fotos e textos nos quais busca focar a denúncia de genocídio e presença de grupos armados nazistas na Ucrânia desde antes da invasão russa. Também denuncia supostas fake news atribuídas à Ucrânia e à mídia ocidental.

Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky mantém há semanas o discurso de quem está em diálogo com nações que se mostram contrárias à ação da Rússia e sugerem estar alinhadas à Ucrânia. As últimas que mencionou, entre quarta (16) e quinta-feira (17), foram Guatemala, França, Canadá e Irlanda.

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