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Parlamento da Itália começa votação para novo Presidente

Foto: European Central Bank/Raul Mee.

O Parlamento italiano iniciou nesta segunda-feira (24) a eleição do próximo Presidente da República, com uma primeira votação dos mais de mil “grandes eleitores” que se repetirá todos os dias até ser alcançado um consenso sobre o sucessor de Sérgio Mattarella.

Dificilmente hoje haverá um resultado claro, uma vez que os partidos não chegaram a acordo e é muito provável que a maioria dos deputados vote em branco, à espera de receber indicações das suas formações para os próximos dias.

Na sessão conjunta de hoje, deputados, senadores e delegados regionais vão votar em grupos de cinquenta, para evitar infeções por coronavírus, pelo que o processo deverá durar várias horas.

Nas três primeiras votações é necessário o apoio de dois terços dos 1.009 eleitores, enquanto a partir dai é suficiente a maioria absoluta para escolher um candidato para suceder a Mattarella, cujo mandato termina a 03 de fevereiro.

Embora não haja candidaturas formais ao cargo, os partidos tendem a negociar para tentar encontrar um candidato comum, o que aconteceu também desta vez.

Existe uma aliança para encontrar um candidato entre três formações que têm 405 eleitores — o Movimento 5 Estrelas (M5S), o Partido Democrata (PD) e o progressista Artigo Um — que poderá ainda vir a contar com mais forças políticas, como o partido de Matteo Renzi, Itália Viva.

O Bloco de direita, formado pelo conservador Força Itália, a Liga e os Irmãos de Itália, reivindica o direito de escolher o sucessor de Mattarella, porque tem maior representatividade parlamentar, mas os seus 454 eleitores não são suficientes.

O ex-primeiro-ministro conservador Silvio Berlusconi contaria com o apoio do bloco da direita e extrema-direita, mas acabou por se retirar da corrida no sábado.

Um dos nomes mais apontados é o do atual primeiro-ministro, Mario Draghi, uma figura consensual, mas essa alternativa implicaria procurar um substituto para chefiar o governo de coligação, o que poderá complicar a eleição do economista, segundo os analistas.

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