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Teste do pezinho ajuda a diagnosticar doenças graves

Desde 1992, o teste do pezinho se tornou obrigatório em todo o território nacional. Ao todo seis doenças podem ser diagnosticadas precocemente e aumentam as chances de cura e tratamento nas crianças. O exame ajuda a diagnosticar seis tipos de doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, doenças falciforme e outras hemoglobinopatias, deficiência da biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. (Saiba mais no quadro)

Em Ponta Grossa, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) realiza 240 testes do pezinho todos os meses. A enfermeira do berçário, Elisa Moreira, explica que todos recém-nascidos precisam passar pelo procedimento. "Nenhum bebê pode sair sem fazer o teste. É uma segurança para os pais e o recém-nascido. Diagnosticando o quanto antes alguma doença a chance de cura é bem maior", esclarece.

O teste é realizado após 49 horas ou até o quinto dia do nascimento da criançae após ela já ter sido amamentada com leite materno ou de fórmula. O resultado sai em até 30 dias e os pais devem buscar no Hospital Regional ou acessar o site do laboratório. De acordo com Moreira, se constar alguma alteração no exame, uma recoleta do teste é realizada e a criança encaminhada para hospitais na cidade de Curitiba. Em média, 30 testes de recoleta são solicitados por mês. O tratamento para as doenças diagnosticadas é  gratuito e feito no Sistema Único de Saúde (SUS).

A enfermeira alerta da importância em buscar o exame e ver o diagnóstico. "Temos casos de pais que não buscam o resultado. Quando vemos que deu alguma alteração e mesmo assim eles não aparecem, nós acionamos a assistência social para que o caso seja acompanhado de perto", conta.

O exame

No hospital, a mãe fica junto ao bebê durante o exame. O profissional da saúde realiza a picada (geralmente o calcanhar) com uma agulha especial que perfura superficialmente. O sangue é coletado em um papel-filtro, que é enviado para o laboratório com dados de identificação da mãe e local que foi feita a coleta. O papel não deve entrar em contato direto com a pele do bebê. O exame é enviado para um laboratório onde ocorre a análise e a detecção de doenças.

No Paraná, a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe) é a única credenciada ao Ministério da Saúde para a realização do teste do pezinho.A fundação programa disponibiliza aos bebês o diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento.

Saiba mais sobre as doenças que são diagnosticadas pelo teste

Fenilcetonúria

É uma doença de erro inato do metabolismo. Ela é de característica genética e hereditária

Hipotireoidismo congênito

A tireoide do bebê não consegue produzir quantidades normais de hormônios, podendo prejudicar o crescimento do bebê.

Fibrose cística

É uma doença rara, genética e que leva a alterações respiratórias no bebê.

Doenças falciforme e outras hemoglobinopatias

É uma doença do sangue  que consiste na mudança da forma normal das hemácias, prejudicando a oxigenação adequada das células e órgãos

Deficiência da biotinidase

Manifesta-se a partir da sétima semana de vida com distúrbios neurológicos e cutâneos tais como crises epiléticas.

Hiperplasia adrenal congênita

É uma doença que faz com que a criança tenha uma deficiência hormonalque pode provocar crescimento excessivo, puberdade precoce ou outros problemas físicos.

 

Profissionais do berçário do HU são responsáveis pelo teste do pezinho (Foto: José Aldinan)

 

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