A programação da Semana Santa, aberta no Domingo de Ramos, prossegue nesta quinta- feira (13), com a Celebração Penitencial e a Missa do Crisma, a partir das 8h30, na Catedral SantAna. Das cerimônias participam todos os padres das 17 cidades da Diocese de Ponta Grossa, que se confessam entre si, preparando-se, como o povo, para a Páscoa. Este ano, a Quaresma teve um sentido especial. Primeiro, porque vivemos o Ano Mariano, quando lembramos os 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida e os 100 anos da aparição de Fátima. Refletimos neste tempo a presença da Mãe junto a seu filho em seu calvário. Depois, porque vivemos a alegria dos envios missionários. 11.400 pessoas levando o Evangelho a todos os cantos da Diocese, destaca o bispo dom Sergio Arthur Braschi.
A Missa do Crisma, que deve reunir perto de mil pessoas, acontece em todas as dioceses do mundo, nas catedrais, e é o momento em que o padre renova seu compromisso ao serviço do povo de Deus. Jesus confiou Sua missão aos apóstolos e, naquele momento, instituiu o sacerdócio e a Eucaristia como rito memorial da nova aliança, detalha dom Sergio. Durante a celebração também, o bispo, cercado pelos outros sacerdotes, abençoa os óleos, que serão usados nos diversos sacramentos: o crisma – óleo misturado com perfumes- para significar o dom do Espírito no batismo, na crisma, na ordem; o óleo para os catecúmenos e o óleo para os enfermos, sinal da força que liberta do mal e sustenta na provação da doença.
Após a celebração, ocorre um almoço de confraternização entre bispos e padres, na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, 12 horas. O almoço é oferecido, todos os anos, pelo Movimento Serra Internacional, em homenagem aos sacerdotes. À noite, às 20 horas, missa da Ceia do Senhor e Cerimônia de Lava Pés, na catedral. É o início do Tríduo Pascal, do qual todo o católico precisa participar e, de preferência, na mesma igreja. São os três dias mais importantes da fé católica, orienta o bispo, citando que após o Lava Pés, inicia a vigília, que prossegue até a Sexta-Feira Santa, quando, às 15 horas, acontece a Ação Litúrgica da Morte do Senhor, na catedral, da onde, às 19 horas, sai a procissão. Tempo especial. Símbolo da grande entrega de amor de Jesus. Dia de jejum e abstinência, não só exterior, mas especialmente, do íntimo da pessoa, que precisa morrer para o egoísmo, para o pecado., comenta. Sexta-Feira Santa é dia de Via Sacra, das encenações teatrais nas paróquias da Paixão de Cristo e, de confissão. Dom Sergio atenderá confissão durante toda a manhã, na Paróquia São José.
Às 20 horas, na Capela Nossa Senhora da Glória, no Núcleo Rio Verde, 100 voluntários do Grupo Passio Christi trabalham na produção da encenação da Paixão de Cristo. Serão 70 atores no palco, em uma das apresentações mais tradicionais da cidade, que, segundo dom Sergio, todos os anos acontece no Parque Ambiental e que, este ano, será levada à região da capela. É o aspecto cultural da Semana Santa, que complementa esse convite feito pela Igreja de vivermos plenamente esse momento, ressalta o bispo. No Sábado Santo, 20 horas, se inicia a Vigília Pascal, a “uma vigília em honra do Senhor” (Ex 12,42), dividida em três momentos. As luzes da igreja estão todas apagadas. É abençoado o fogo novo (Ressureição de Jesus) que acenderá o Círio Pascal. Em procissão, o Círio percorre toda a igreja, acendendo velas. Há ainda a Leitura das Profecias e a benção a Pia Batismal.
No domingo, o bispo celebra, às 11 horas, também na catedral, a solenidade da Páscoa. Já no cair do dia, no sábado, se canta e se grita Aleluia pelo Filho de Deus que passou pela morte e a venceu, e, nos entrega a vida eterna. É a grande festa dos cristãos, motivo de grande alegria, resumo dom Sergio. As paróquias realizam as mesmas celebrações, nos mesmos dias, mas com alguma alteração de horário.
