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Selic, Senado, BTG e oba-oba

Esta foi uma semana conturbada no mercado financeiro. Tivemos manutenção da taxa básica de juros em 14,25% ao ano, no entanto com decisão dividida, onde 40% do comitê votou pelo aumento para 14,75%. Ou seja, aquele papo de manter a taxa estável nesse patamar imenso para não prejudicar ainda mais a economia, talvez não vingue… podemos esperar recessão igual ou pior para 2016.

Ainda tivemos outros destaques, dentre eles um fato inédito na história do Brasil: Um senador foi preso. Lugar de bandido é na cadeia, todos sabemos, no entanto, em termos de Brasil, não houve prisão para senador nem mesmo quando Arnon de Mello, pai de Fernando Collor de Mello, matou outro senador no meio do Congresso (deu alguns tiros visando seu inimigo político, mas acabou errando e matando outro colega).

Diante dessas questões, há evidências do fortalecimento do judiciário brasileiro. O engraçado da história toda foram os petistas falando, em redes sociais, que Delcídio do Amaral não era petista de verdade, era tucano, por isso a prisão. Zé Dirceu, João Vaccari Neto, e outros tucanos ex-presidentes e ex-tesoureiros do PT devem estar com ele, confraternizando.

Não suficiente, André Esteves, um dos homens mais ricos do Brasil, presidente do maior banco de investimentos da América Latina, banco exemplo de performance, mundialmente premiado, BTG Pactual, foi preso junto de Delcídio. Em certa palestra de Esteves, pude presenciar uma resposta que agora fez sentido, quando perguntado porque ainda estava trabalhando nesse nível considerando a fortuna que tinha, ele respondeu: não é pelo dinheiro, é pelo game! . Bem, game over…

E as ações do BTG caíram 25% na semana, levando todo o setor bancário a sofrer perdas consideráveis.

Último, porém, não menos relevante, foi o corte de gastos emergencial da presidente Dilma. Em meio ao medo do Tribunal de Contas da União, Dilma ordenou um corte de R$ 10 bilhões e cancelou sua viagem para o Japão. A meta do governo é de superavit de R$ 55 bilhões, a realidade atual é deficit de R$ 105 bilhões e o governo espera aprovar na próxima terça (1°) a alteração da meta fiscal para um deficit primário de R$ 119,9 bilhões, o que abre precedente para se gastar ainda um pouco mais e a continuidade com o oba-oba do dinheiro público, fazendo com que Dilma não tenha de responder por crime de responsabilidade no ano que vem, o que culminaria em seu impeachment.

É, se você achou que sua semana foi ruim, pense a do Planalto! A lição de hoje é que colhemos o que plantamos! Até semana que vem!

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