Nem o Detran-PR parece conseguir computar o aumento no número de veículos no estado. A última estatística é de julho, e aponta que há 7,3 milhões de veículo circulando no Paraná. Mais de 208 mil estão nas ruas de Ponta Grossa. Para suportar essa frota nas ruas, a prefeitura de Ponta Grossa e a AMTT se dedicaram a tentar adequar as vias, implantar melhoramentos e tornar a mobilidade adaptada ao crescimento.
Foram instalados mais semáforos para pedestres, primeiro ao longo da avenida Vicente Machado, depois em cruzamentos mais perigosos. A cidade conheceu a primeira travessia elevada em 2014. Hoje elas são 108. É a cidade com mais faixas elevadas do estado. Uma forma de lembrar aos condutores a preferência do pedestre, reduzindo os riscos de atropelamentos.
Para evitar engarrafamentos, veio mais uma novidade: as rotatórias. À parte as críticas sobre os custos de suas implantações, ninguém questionou a necessidade desses equipamentos, colocados em cruzamentos perigosos, ligações interbairros, em substituição a semáforos. Em vários pontos, o sinal vermelho, que obrigava o motorista a parar em fila, deu lugar a rótulas e levou os condutores a exercitarem a civilidade para que, cada um obedecendo sua vez, possam seguir de forma mais ágil seu trajeto.
A tecnologia ganhou destaque. O EstaR passou ser digital, e em 2020 os cartões de estacionamento em papel devem ter sido extintos em definitivo. Dos 118 semáforos na cidade, 100 são integrados a uma central de controle da autarquia.
Integração
A cidade ganhou via compartilhada entre carros e ciclistas, algumas ciclovias, e o próximo desafio é permitir a integração modal. Que o ponta-grossense possa pedalar até o terminal, pegar um ônibus até o local de trabalho, depois fazer o caminho inverso. Garantir a sustentabilidade de um transporte público atrativo. A cidade não para de crescer e se mover, em velocidade e distância. O maior desafio, agora, é finalizar o Plano de Mobilidade, documento que deve ser concluído nos próximos meses e prever essas melhorias.