em

Reajuste de piso de professores não impacta orçamento de PG

O reajuste no piso salarial dos professores, anunciado nesta quinta-feira pelo Ministério da Educação, não deverá impactar o orçamento de Ponta Grossa. Isso porque a Prefeitura já paga mais que o valor mínimo nacional, que vai passar de R$ 2.135,64 para 2.298,80. Desde setembro do ano passado, o piso dos professores da rede municipal é de R$ 2.333,62 e deverá ser reajustado em maio, por conta da data-base. As informações são da secretária municipal de Educação, Esméria Savelli. “E se tiver algum professor com salário abaixo do piso, nós vamos readequar”, afirma.

Segundo ela, o Município é obrigado a pagar pelo menos o piso nacional, sob pena de perder os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). De acordo com Esméria, é obrigatório que as Prefeituras utilizem ao menos 60% do valor repassado pelo Fundeb para pagamento de professores. “Mas em Ponta Grossa nós usamos 100% do repasse para este fim. O restante dos funcionários das escolas é pago com recursos do Município”, comenta. Segundo a secretária, os 25% do orçamento da Prefeitura que precisam sem aplicados na educação são usados também para manutenção dos estabelecimentos educacionais, novos investimentos e outros serviços.

Esméria considera que o piso nacional ainda não alcança um valor esperado para valorizar o professor e diz que o Município gostaria de pagar ainda mais, porém, não tem condições. “Infelizmente, nós não temos recursos para ampliar. Mas, vale ressaltar que o piso é para quem está em início de carreira. Professores mais antigos recebem até R$ 8 mil em Ponta Grossa”, garante.

Déficit

A cidade possui hoje na rede municipal pouco mais de 3,1 mil professores, todavia, de acordo com a secretária, seriam necessários mais 100 para dar conta da demanda. “Mas até maio estamos impedidos de contratá-los por causa do limite prudencial. Por isso, estamos atravessando um problema sério. Para tentar amenizá-lo, neste primeiro semestre vamos remanejar alguns professores e pagar hora-extra para que eles possam ficar mais tempo em sala de aula”, diz Esméria, lembrando que um professor é contratado para trabalhar 40 horas por semana, mas um terço desse tempo é de hora-atividade. Neste ano, as aulas começam dia 13 de fevereiro.

 

Rodrigo Covolan
Esméria destaca a necessidade de contratação de mais 100 professores

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.