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Rangel: “Nossa cidade tem vida própria”

O prefeito Marcelo Rangel está no penúltimo ano de seu segundo mandato à frente do município de Ponta Grossa. Em entrevista concedida ao DC nesta semana, ele destaca os benefícios que devem ser trazidos aos ponta-grossenses com a criação do parque de Olarias, fala sobre os desafios envolvendo o transporte público, e diz por que, em sua opinião, a cidade continua sendo atrativa para empresários.

Diário dos Campos: O que muda na cidade, com a formação do primeiro lago de Olarias?

Marcelo Rangel: O lago de Olarias muda completamente o perfil econômico e descentraliza o trânsito em nossa cidade. Hoje tudo ainda está muito concentrado na rua Balduíno Taques e na avenida Vicente Machado, como ocorre com os grande edifícios corporativos. Com o lago, estamos levando também para aquela área mais investimentos em negócios, e até mesmo o setor imobiliário de alto nível estará presente na região. Estamos falando de um parque nos moldes dos melhores do mundo, com pista de caminhada e de ciclismo, além de outros equipamentos que vão melhorar a qualidade de vida em Ponta Grossa.

Foto: José Aldinan/ DC
Lago de Olarias deve mudar perfil da cidade

 

DC: Falando em mobilidade, o que pode ser feito para melhorar esse aspecto?

Rangel: O transporte urbano é um desafio mundial hoje, um problema muito sério porque estamos vendo os aplicativos se desenvolverem muito rapidamente, assim como a questão do uso dos patinetes que, com custo muito baixo, permitem mobilidade diferenciada. Isso altera o índice de passageiro por quilômetro (IPK), que é usado para calcular os custos do ônibus e, com isso, o usuário acaba pagando tarifas maiores. Isso prejudica, principalmente, as pessoas que não têm condição de pagar pelo serviço de transporte por aplicativo.

 

DC: Qual seria a solução?

Rangel: Na minha opinião, só existe uma saída para o transporte público melhorar sua eficiência. É através da diminuição da inadimplência dos impostos da prefeitura de Ponta Grossa, para que possamos subsidiar, não a empresa, mas diretamente os passageiros. Fazer o transporte público se tornar universalizado. O que eu quero dizer com isso? Transporte público gratuito.

 

DC: Mas não seria algo simples de implantar, não é?

Rangel: É muito difícil porque, para conseguir esse investimento, teríamos que ter índice zero de inadimplência, e isso não acontece no país inteiro. Em qualquer cidade do nosso país, o nível de inadimplência ultrapassa os 25% a 30%. Mas, se conseguíssemos implantar algo como o projeto do Passe-IPTU, que encaminhei no começo do ano à Câmara Municipal e foi rejeito, infelizmente por questões políticas, se conseguíssemos reverter o benefício de quem paga o IPTU em dia para o transporte público, conseguiríamos avançar nesse projeto de universalização.

 

DC: Na sua opinião, o que mantém o município atrativo?

Rangel: Muitos fatores, principalmente a independência de Ponta Grossa frente a capital. Hoje, nossa cidade tem vida própria em todas as áreas. Na educação, na saúde, nas universidades, nas oportunidades de emprego. Temos ponta-grossenses em funções de cargos de alto escalão em multinacionais, e isso acaba beneficiando a cidade, atraindo investidos e estudantes que queiram se estabelecer aqui.

DC: As multinacionais continuarão a escolher Ponta Grossa?

Rangel: No caso das multinacionais, elas escolhem a cidade por termos mão de obra qualificada e uma situação logística extremamente privilegiada frente a qualquer outra cidade do Brasil. Mas, também por termos essa proximidade com os governos. Hoje temos uma linha ideológica e política que beneficia o setor produtivo, principalmente indústrias. Nós estendemos a mão para quem queira investir em nossa cidade, e possa oferecer oportunidade de emprego e contrapartida fiscal ao município, gerando uma mair receita para a prosperidade.

 

 

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