Nesta quarta-feira (4 de abril), a plataforma Diálogos Culturais lançará o primeiro vídeo do 'Boca de Cena' no Instagram e Facebook. O projeto reúne professores de Português, Literatura, História e Artes para a leitura de textos de autores brasileiros.
A iniciativa do professor Phellip Willian começou após assistir na internet grandes intérpretes, como Antônio Abujamra e Marília Pera. “Eu queria criar um espaço em que a oralidade fosse valorizada, o som das palavras, assim como o efeito que elas trazem”, disse. Após parceria com Zek Ramos, da Diálogos Culturais, a produção reuniu professores apreciadores de Arte para a leitura de trechos de livros em que eles se identificam.
“Convidamos alguns conhecidos para dar o primeiro passo aos vídeos. Todos precisamos da Arte. Ela pode nos salvar, resgatar, e é isso que o Boca de cena pretende – dar um vislumbre rápido daquele mundo em que o momento parece eterno”, acredita Phellip.
O convite aos professores não foi à toa. A escola é um espaço privilegiado para facilitar o acesso de livros aos alunos. No entanto, com as novas tecnologias nasceu a necessidade de aprender a se comunicar com o mundo através das mídias e redes sociais. É o que afirma a professora de Artes Carla Roggenkamp. “As redes sociais são, atualmente, as fontes primárias de informação para grande parte da população. Este potencial pode ser aproveitado para a disseminação da arte, como por exemplo, excertos da literatura clássica brasileira”, pontua.
A professora de História Méris Nelita Fauth Bertin, aponta que a competição, o narcisismo e a alienação tomaram conta das redes sociais, e enxerga o projeto como uma esperança. “Espero, sinceramente, que esse projeto sirva como instrumento de crítica e conhecimento, indo na contramão da superficialidade do conteúdo desses meios”.
Vídeos
Os vídeos estarão disponíveis toda quarta-feira no Instagram @dialogosculturais e na página do Facebook Zek Diálogos Culturais e os seguidores podem sugerir novos livros e leituras. “Vamos chamar mais artistas, professores e outros entusiastas das narrativas para colaborar com mais vozes, mais visões de mundo e mais detalhes fonéticos”, finaliza Phellip Willian.