Enquanto na safra 2010/2011 os produtores dos Campos Gerais (18 municípios) colheram 1,44 milhão de toneladas de soja, nesta (14/15) foram 1,99 milhão de toneladas, volume 37,52% superior. Comparando a produção atual com a do ano passado (13/14) também houve aumento, neste caso de 25%, quando foram colhidas 1,59 milhão de toneladas. Os números são do Departamento de Economia Rural (Deral) do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Ponta Grossa.
A produtividade alcançada nesta safra também é a maior dos últimos cinco anos, chegando a 3.734 quilos por hectare, 21,74% a mais que a colheita 13/14, quando os sojicultores obtiveram, em média, 3.067 quilos por hectare. Até então o melhor resultado havia sido na safra 12/13, com o rendimento chegando a 3.649 quilos por hectare.
O Deral registrou incremento também na área plantada na atual safra, que passou de 520,40 mil hectares no plantio 2013/14 para 533,72 mil hectares, variação positiva de 2,55%. Os hectares nas propriedades rurais da região destinados à soja já foram maiores no passado, quando no ano de 2012 (12/13) foram destinados 536,18 mil hectares. No entanto, naquela safra a produtividade alcançou 3.649 quilos por hectare e a produção fechou em 1,95 milhão de toneladas.
Recorde
Para o economista do Deral, Luís Alberto Vantroba, esta safra de soja pode ser considerada recorde para o período de cinco anos. Sem dúvida é uma das melhores dos últimos anos, com rendimento na faixa de 3,7 mil quilos por hectare, avalia.
O economista destaca que o resultado é proveniente de investimentos em tecnologia nas propriedades rurais, da utilização de novas variedades de sementes no plantio, bem como das condições climáticas. Com calor e chuvas no período correto, não houve proliferação de doenças e pragas nas lavouras. Não houve excesso de chuvas e tivemos períodos secos que favoreceram a cultura, observa.
Retorno
Mercado com preços atraentes
O mercado da soja com preços atraentes explicam o aumento da área plantada nos Campos Gerais. Entre março e abril de 2014, a cotação chegou a R$ 69 a saca de 60 quilos. No começo de maio deste ano, logo após o término da colheita, a saca estava sendo negociada entre R$ 58 e R$ 65. Estava um pouco abaixo em relação ao ano passado, quando os preços foram excelentes, considera o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Ponta Grossa.
Segundo o economista, a soja ocupou áreas antes destinadas ao milho, cultura que nas últimas safras não tem conseguido atrair os produtores, tendo em vista o baixo retorno do investimento com a queda dos preços do cereal.