O proprietário, Ênio Baptista Rosas, questiona os critérios para isso. Em sua opinião, a atitude foi “uma arbitrariedade”. “A queijaria já foi reformada mais de 10 vezes, e a última exigência da inspeção é a pasteurização do leite, com a qual estamos de pleno acordo. Mas estamos procurando há mais de dois anos um pasteurizador que seja próprio para nossa queijaria. Como não encontramos, passamos a trabalhar com a ‘pasteurização lenta'”, diz.
Segundo ele, o processo de pasteurização lenta não exige equipamento específico, mas não foi aceito pelos técnicos do Município, obrigando à suspensão das atividades da queijaria. “O produtor rural não tem assistência, nem incentivo”, reclama, alegando perseguição.
O responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal, veterinário Marcos André Aleixo, contesta as informações. Segundo ele, existem duas formas de pasteurização do leite, a rápida e a lenta. A Fazenda Morro do Castelo optou pela modalidade lenta, que também exige o uso de equipamento específico.
Adaptação
Há mais de dois anos estamos cobrando que a queijaria se ajuste à regulamentação e o prazo para aquisição do equipamento já foi prorrogado duas vezes. Na última, a análise do queijo detectou um número de colônia de bactérias acima do limite permitido, o que motivou a suspensão da atividade e o recolhimento dos queijos. Mas isso ocorre apenas até a adequação da queijaria, com aquisição do equipamento indispensável. Não há interdição, portanto, explica Aleixo.
O veterinário lembra que o Órgão já auxiliou o mesmo produtor em outras ocasiões, inclusive orientando sobre a atualização na rotulagem dos produtos, conforme determina a legislação, e que a aquisição do pasteurizador já foi consumada por outros dois produtores de queijo da região, que também precisaram se adaptar.