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“Precisamos reforçar nosso amor e nossa identidade”

 

Rodrigo Covolan

Felippe acredita que medida proibitiva respeita a história do clube

O Operário carrega o preto e branco como suas cores oficias desde o surgimento, quando o time era só uma equipe de ferroviários, por isso alguns torcedores não admitem o uso de outras dores dentro da casa do Fantasma de Vila Oficinas. Existe até uma campanha durante a temporada “Jogo do Operário, camisa do Operário”.

 

Os torcedores cobram da diretoria uma solução para aqueles torcedores que vão ao estádio com camisas de outra equipe. O vice-presidente da torcida Trem Fantasma, Felippe Krüger, acredita que o clube deve implantar medidas proibitivas. “Se o clube não se impor, adotando medidas de austeridade contra o desrespeito à nossa história e nossos símbolos, a mera ‘recomendação’ de não usarem ou ostentarem símbolos de outros clubes em nossa casa entrará por um ouvido e sairá por outro. Se o clube não se impõe, os ‘amargos’ tomam conta, e aí a responsabilidade acaba recaindo sob a organizada que possui como escopo defender nossas cores, nosso símbolo e nossa história”, comenta Felippe.

O torcedor acredita que usando o preto e branco defende a identidade do clube. “O Operário não pode nem deve ser tratado como clube secundário afinal, somos um clube centenário e com um passado glorioso. É bem verdade que nos últimos 20 anos passamos esquecidos, vivenciando um ostracismo claustrofóbico, mas por 80 anos fomos um dos maiores do país, e para voltarmos ao lugar de onde nunca deveríamos ter saído precisamos reforçar nosso amor e nossa identidade: sem identidade seremos sempre medíocres”, ressalta o torcedor.

Durante a temporada do ano passado os torcedores fizeram campanhas para que o torcedor fosse ao estádio com as cores do clube. “Acreditamos que todos têm alguma camiseta em casa que não seja de um clube de futebol, então não há desculpa para usar camisas de outras equipes dentro do Germano. É falta de respeito, é preciso entender que pagar ingresso não lhes garante o direito de jogar toda a nossa história e nosso respeito no lixo”, diz Felippe.

Já o presidente do Operário, Laurival Pontarollo, se diz de mãos atadas, e não acha possível criar uma medida que proíbe outros torcedores de vestirem outras camisas. “Isso já foi discutido, não podemos proibir o torcedor de ir com camisa de outra equipe. A torcida já veio cobrar, mas não podemos fazer isso. Corremos o risco de alguém processar o clube”, comenta Pontarollo.

 

Londrina tem medida proibitiva

Em Londrina o torcedor não entra no Estádio do Café com camisa de outra equipe, a decisão, que também era uma cobrança da organizada Falange Azul, foi um acordo entre a diretoria do Londrina e a Polícia Militar. Segundo a assessoria do clube,  a medida foi tomada por segurança, já que foram registrados casos de agressão a torcedores com camisa de outra equipe.

Marcelo Benini, presidente da Falange Azul, conta que a organizada sempre fez campanhas para que os londrinenses usassem as cores do time. “Nós temos uma campanha há muitos anos para as pessoas não irem com camisas de outras equipes, que deixem isso para outra hora, isso não valoriza o time e é uma questão de segurança. Às vezes a pessoa está com camisa de outro time e fala uma bobagem e acaba arrumando briga. E como que o cara vem no nosso clube com outra camisa? Uma pequena discussão acaba virando uma guerra”, argumenta.

Ele conta que essa medida gerou protestos assim que foi instaurada, mas hoje, quem acompanha o Londrina vê com tranquilidade essa proibição. “Esse debate já foi superado aqui, as pessoas já estavam aderindo e passaram a concordar com isso, mas quando isso passou a ser proibido houve uma resistência, mas superamos isso, mal se fala, mas sempre defendemos que não é preciso ostentar símbolo e cores de outros clubes”, finaliza.

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