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PG se torna referência com avanço nas Práticas Restaurativas

Muitas vezes, ficar refém de conflitos internos pode prejudicar a vida pessoal, profissional e, até mesmo a escolar. Problemas como brigas e discussões são motivadas por sentimentos de angústias, tristeza e ansiedade, por exemplo. Dificilmente, observamos as pessoas ao nosso redor e, quando elas são vistas, acabam sendo julgadas por suas atitudes. No entanto, não temos ideia de que elas podem estar passando por algum problema e que precisam de ajuda.

E, neste universo de conflitos, surge Justiça Restaurativa. Promovida pelo Tribunal de Justiça (TJ-PR), é considerada um método consensual, baseada no diálogo, que tem atuado em diversas frentes em todo o país. As práticas desta ferramenta concentram esforços em ouvir pessoas envolvidas em conflitos e/ou atos infracionais, buscando dar voz a todos para que possam se entender, entrar em acordos, além valorizar a todos os envolvidos.

O município de Ponta Grossa já se tornou referência para outras cidades do Paraná na resolução de conflitos através das Práticas Restaurativas na área da saúde, no ambiente escolar, na área policial e, até mesmo, na área criminal. Desde 2013, a cidade trabalha com essa ferramenta e já apresenta resultados positivos desde então.

De acordo com a juíza e coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Ponta Grossa (Cejusc-PG), Laryssa Angélica Copack Muniz, a principal meta da Justiça Restaurativa é a responsabilização, ou seja, fazer com que as pessoas vejam os erros cometidos e não voltem a realizá-los.

“Algo melhor que a punição é a responsabilização, fazendo com que a pessoa consiga entender o que fez e se comprometa com a mudança. É necessário que ela pague pelos erros, mas que tudo isso tenha sentido para ela”, explica.

A metodologia desta prática consiste na formação de um círculo com todos os envolvidos e dois facilitadores – preparados através de um curso de capacitação – que ajudarão na mediação dos conflitos. Além de ajudar a solucioná-los, a ferramenta também serve de forma preventiva. Os círculos então são formados para que todos possam expor algum problema que estejam passando, por exemplo.

“A prevenção é sempre o melhor caminho e nós precisamos evitar a escalada da violência. Por isso, tudo o que é dito dentro do círculo é feito de forma confidencial”, ressalta a juíza Laryssa.

Fabio Matavelli

Ferramenta aplicada em escola estadual reduziu casos de agressões


 

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