Comumente me deparo com empresários comparando valores de honorários que pagam aos seus contadores, uns achando barato, outros achando caro e alguns tendo como opinião que se trata de um valor justo, sendo estes a minoria.
Se existe algo complexo de se formular é o valor do honorário mensal, já que possui tantas variáveis num mesmo ramo de atividade, imagine se comparando com ramos diferenciados e portes, de micro, pequena até grandes empresas, ou até mesmo se tratando do mesmo negócio em questão, onde se começa pequeno e com o tempo cresce, muda-se de tributação e consequentemente a responsabilidade sob o mesmo torna-se cada vez maior.
Como contador sei que devo praticar o preço mais justo possível, sendo ético perante a concorrência e principalmente com o juramento que fiz quando recebi minha imposição de grau, mas infelizmente não é essa a realidade que observo com meus colegas de profissão.
Como em qualquer categoria profissional, sempre vai existir concorrência e na maioria das vezes ela é desleal, praticando preços muito abaixo do mercado e é claro, proporcionando serviços de má qualidade, pois preço justo e serviço de qualidade sempre andam juntos.
Infelizmente essa realidade é reflexo da própria categoria profissional, onde os próprios contadores tentam conquistar o mercado baixando valores ao invés de agregar serviços e diferenciais ao seu cliente. O reflexo disso será um cliente que só estará satisfeito quando paga barato, como consequencia a fidelidade dele se traduzirá no preço baixo e não no serviço bem executado.
Enfim, acredito que hoje vivemos um momento de transição, do antigo guarda livro e mero “darfista” para o empresário contábil, que participa das decisões do seu cliente, orientando, e sendo parceiro do mesmo contribuindo diretamente para o sucesso do empresário e consequente valorização da profissão.