Uma má notícia para aqueles motoristas que têm o costume de frear em cima dos radares e voltar a acelerar depois que passam do equipamento. Isso porque uma nova tecnologia de radares já está em implementação nas grandes cidades e permite fiscalizar a velocidade antes e depois de onde está instalado o equipamento.
Conforme Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito & Mobilidade, isso acontece devido a um fenômeno chamado de efeito doppler. “Talvez muitas pessoas nunca tenham ouvido falar de efeito doppler. Quando um veículo se aproxima e depois se afasta, há uma variação na tonalidade do som. Esse efeito doppler acontece com praticamente tudo não é só com o som”, diz Mariano.
Ainda de acordo com o especialista, os radares modernos estão utilizando esse tipo de tecnologia para captar a aproximação e o afastamento dos veículos.
“Anteriormente apenas um ponto era medido. Agora não, alguns metros antes e alguns depois o radar já está sabendo qual é a velocidade do veículo. E mais, se você está desacelerando e se você acelera de novo logo após a passar pelo radar. É a fiscalização ganhando mais eficiência portanto melhor mesmo é respeitar o limite máximo de velocidade”, orienta.
Assista aqui o Tira-dúvidas sobre a nova tecnologia dos radares.
Exemplo de Curitiba
A cidade de Curitiba, por exemplo, é uma das capitais que utiliza essa tecnologia em relação à fiscalização de velocidade. No entanto, não é a única, como explica Herick Dal Gobbo, coordenador da Unidade de Monitoramento por Dispositivos Eletrônico da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito do município. “A cidade de São Paulo já tem essa tecnologia há alguns anos. Além disso, hoje tem se verificado nos editais por todo Brasil que adotar o Doppler é uma tendência pelos municípios”, explica o coordenador.
Na cidade de Curitiba, apesar de ser possível medir a velocidade antes e depois dos radares, a fiscalização é feita em apenas um ponto, como acontecia na tecnologia anterior.
“A tecnologia basicamente é atrelada ao sensor que detecta antes e depois dentro dessa área de abrangência. No entanto, a fiscalização ocorre em apenas um desses pontos como era feito antigamente pelo laço físico. Então em que pese fiscalizar uma área de abrangência maior, a fiscalização ocorre em apenas um desses pontos”, conclui Dal Gobbo.