Em uma semana ainda mais conturbada que as últimas, Levy deixou o cargo à disposição diante da pressão da presidente Dilma em fazer com que a meta de superavit primário de 2016 passe a ser 0. Exato, o esforço para pagar as contas do governo será somente não ficar devendo.
Ontem, fontes oficiais disseram que Nelson Barbosa deverá ser o novo ministro da Fazenda. Barbosa é homem de confiança do Planalto, o que deve significar maior gasto público para tirar o país da crise e uma possível volta da Nova Matriz Econômica, responsável pela perda do grau de investimento e pelos níveis medonhos da atual atividade econômica.
Para quem duvida que quem define a política econômica é Dilma e não o ministro da Fazenda, Jacques Wagner, ministro-chefe da Casa Civil declarou abertamente que quem define a política econômica é a presidente e que o ministro da Fazenda só está lá para cumpri-la. Ou seja, deixemos de falar mal de Guido Mantega, passemos a culpar a Dilma (a qual jogou fora Mantega para se livrar da culpa).
Ademais, isso tudo representa pouca novidade em nosso dia a dia. Apenas sabemos que a pressão por aumento de impostos será ainda maior e que possivelmente, a taxa de juros deva recuar de modo artificial no médio prazo, gerando um novo ciclo de estagnação para uma futura depressão, exatamente como o triênio 2013-2015.
Ao invés de consertar os erros, para tentar ganhar apoio e impedir o impeachment, Dilma parece tentar o bom e velho bolivarianismo que destruiu boa parte da América Latina, mas elevou o PT a pseudo-herói nacional onde quem realmente ganhou foram os movimentos sindicais e as grandes financiadoras de campanhas políticas… até que isso cesse, o pequeno empresário e o trabalhador de bem, continuarão a perder o emprego e a fé no país.