O Hospital Universitário Regional vai contar com uma Casa de Acolhida para familiares de pacientes da casa hospitalar. O projeto, chamado de Bem-estar e qualidade de vida dos cuidadores e familiares, foi elaborado pela Associação Abraça HU e prevê a construção de uma casa na mesma área do hospital onde poderá acolher até 1,2 mil pessoas por mês.
De acordo com o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto, o projeto será viabilizado graças a uma verba no valor de R$ 500 mil pela Justiça Federal de Ponta Grossa. "Muitos pacientes do hospital vêm de fora e seus familiares que os acompanham, muitas vezes, não têm onde ficar. Por isso, conseguimos essa parceria com a Justiça Federal para acolher estas pessoas", destaca Sanches Neto.
A professora do curso de Odontologia da UEPG e coordenadora de projetos da Associação Abraça HU, Fabiana Bucholdz Teixeira Alves, explica que o espaço não será uma casa de repouso, mas sim cotidiana para determinados períodos.
"Vivenciei, por muitas vezes, gestantes de alto risco se deslocarem para consultas no HU de outros municípios e precisarem esperar por horas até retornarem para as suas casas. Além disso, os acompanhantes também precisam aguardar nos bancos e embaixo do sol. Isso mexe muito com nós, porque a intenção do hospital é preconizar o atendimento de saúde integral e humano", aponta. A arquiteta Eliane Bugay está doando o projeto arquitetônico, em parceria com a formanda de arquitetura Aline Apararecida da Silva.
Justiça Federal
O juiz federal Antônio César Bochenek aponta que o projeto da Casa de Acolhida do HU é importante principalmente pelo lado social. "A casa vai oferecer uma acomodação digna para as pessoas que precisam aguardar. O projeto traz um apelo social importante, pois o Hospital Universitário recebe muitas pessoas de outras cidades que vêm de fora e seus acompanhantes não têm onde ficar hospedados. Por isso, essa importância de acolher estas pessoas para que não precisem aguardar em corredores", diz o juiz.
Estrutura
A Casa da Acolhida deverá ser construída ainda no primeiro semestre deste ano e vai contar com 225 metros quadrados divididos em salas com sofás; mesas; pequeno refeitório para lanches rápidos e banheiros adaptados – masculino/feminino. Até 40 pessoas poderão ser acomodadas por dia e 1,2 mil por mês.
"O primeiro passo foi conseguir o recurso e o segundo será lançar o edital, até o final de janeiro, para o início das obras. Precisaremos, ainda, de voluntários que venham ajudar nos atendimentos dessas pessoas", finaliza a coordenadora.