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Habemus Papam!?

 

Habemus Papam é o texto proferido pelo decano para anunciar a escolha de um novo papa. Comparativamente, desde a vitória petista nas eleições presidenciais o assunto que mais se comenta é: Quem será o novo ministro da fazenda?

Com muitas reuniões, especulações e momentos de euforia e desespero, nada de Dilma se pronunciar oficialmente e nem fumaça branca nos céus do Distrito Federal. E o mercado financeiro permaneceu frustrado e inquieto.

Nesse conclave ministerial, cogitou-se Henrique Meireles, o sonho do mercado. Cogitou-se Aloízio Mercadante, o pesadelo do mercado. Luiz Trabuco, presidente do Bradesco, recusou a batata quente. Na disputa ainda havia a promoção de Alexandre Tombini, atual presidente do Banco Central; Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda e recentemente falou-se de um quase desconhecido (aos leigos) Joaquim Levy. Com vasta experiência e diretor da Bradesco Asset Management (área de gestão de investimentos do grupo), Levy soa como uma grata surpresa.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo e do Jornal Valor Econômico desta segunda-feira, espera-se o anúncio oficial de Levy para a Fazenda, Nelson Barbosa para o Planejamento e a manutenção de Tombini no Banco Central. Cogita-se também que a equipe econômica já trabalha para anunciar medidas que retomem o tripé econômico que fez o Brasil alcançar a estabilidade monetária e o crescimento das últimas duas décadas.

Um desafio e tanto, ainda mais com o risco de perda de grau de investimento que o país corre em 2015. Também há claros indícios de um novo ciclo de altas na taxa básica de juros. A Selic deve buscar os 12% ou mais em 2015 e finalizar 2014 a 11,5% ao ano.

Ponto positivo para os investimentos. Com a Selic subindo, a renda fixa ganha um atrativo especial. Com a nova equipe econômica, a Bolsa de Valores pode surpreender positivamente. Houve até um diretor de instituição financeira que comentou: se soubesse que Levy seria o Ministro da Fazenda, teria votado na Dilma e não no Aécio. Exageros à parte, parece que a novela mexicana está correndo para um final feliz.

No entanto, não é só de felizes para sempre que vive nossa pacata democracia. 2015 será um ano economicamente difícil. Inflação alta, juros altos, crescimento baixo. As expectativas para 2015 já começam ruins. Ao menos, com a esperança renovada, o caminho pode ser trilhado de maneira mais corajosa, sendo a provação temporária um ato de fé no país. 2016 há de ser bom.

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