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Folha seca de palmeira deixou Colônia Dona Luíza sem energia

Uma folha seca de palmeira deixou a Colônia Dona Luíza sem energia elétrica das 10h42 às 15h38 neste domingo (22). Vi, do começo ao fim, o incidente em Ponta Grossa.

Estava ao telefone no jardim quando a folha caiu sobre os fios. Ocorreu uma pequena explosão de curto circuito e na sequência outras duas. A energia caiu em algumas casas da região. Vizinhos se alvoroçaram e acionaram a Copel.

Cerca de uma hora depois, o transformador da região foi desligado, creio que por razões de segurança, pois os cabos rompidos estavam soltos no asfalto e na calçada. Poderiam estar energizados e causar acidentes. Com o desligamento, mais casas ficaram sem luz.

O equipado caminhão da Copel, com equipe composta por três profissionais, que estavam de plantão em sobreaviso, resolveram o problema em cerca de uma hora. Só que o caminhão Iveco cheio de recursos técncios só chegou na esquina do incidente às 14h35.

É impressionante observar a movimentação da equipe. Enquanto um sinalizava com cones e fitas reluzentes as vias em reparo, outros avaliavam as avarias. Dois deles calçaram os cintos de três pontas e se muniram de outros acessórios de segurança, como luvas e óculos.

Dentro das caixas acrílicas na ponta do braço mecânico que faz todo tipo de movimento imaginável, os dois técnicos foram à altura dos fios. Contei 18 cabos cruzando outros 22 na esquina onde trabalharam, dos quais se esquivaram com maestria diante da movimentação do braço hidráulico.

E o terceiro retirava a tal folha seca de palmeira.

Folha seca de palmeira deixou Colônia Dona Luíza sem energia, dano reparado por equipe da Copel

Transtornos de folha seca de palmeira

Antes do pessoal da Copel socorrer, a vizinhança da Colônia Dona Luíza se ouriçou. Uma moradora reclamou que não tinha como ligar o ventilador para a mãe que sente falta de ar. Outro disse que estava vendo TV… Mas quem, em algum momento, não ficou sem energia?

Aos domingos na hora do almoço, quando a maioria das pessoas está em casa, há particularidades. A batedeira da sobremesa das visitas não funciona, o liquidificador do suco não liga, o micro-ondas que prepararia o complemento do prato principal está morto.

O churrasco rola, mas logo a JBL fica muda, pois o bluetooth potencializa o consumo da bateria do smartphone, que não pode ser recarregado… E a cerveja esquenta.

Arborização urbana é importante

A arborização urbana é um tema importante e não se resume aos transtornos de um incidente como a queda de uma folha seca de palmeira. Os prejuízos podem ser muito maiores do que os que ocorreram na Colônia Dona Luíza. Vidas já foram perdidas.

Em Maringá, por exemplo, uma das cidades mais verdes do Paraná, quedas de sibipirunas e ipês sobre carros e casas são recorrentes diante de temporais. Em Londrina também. São espécies frondosas, nativas, mas que em áreas urbanas não dispõem das condições naturais.

Há de se considerar as podas preventivas feitas por contratadas da Copel, que em Londrina e Maringá cortam os galhos centrais, para não tocarem nos fios, o que acaba formando uma espécie de forquilha que desequilibra as árvores dependendo das correntes de vento.

Arborização é tema na Câmara

Recentemente, a Câmara de Ponta Grossa aprovou um projeto de lei determinando que a arborização urbana deve ser feita com espécies nativas do bioma dos Campos Gerais. Foi sancionado e publicado, no entanto, um novo projeto do Executivo foi enviado ao Legislativo.

A matéria chegou à Câmara na semana passada e tende a polemizar. Na prática, se aprovado, a sua regulamentação pode tornar a recente lei municipal letras apenas figurativas. Mas o que é espécie nativa? Exótica? Invasora? E as palmeiras? O debate está aberto.

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