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Festa do Divino comemora Pentecostes

No quinquagésimo dia após a Páscoa os cristãos comemoram Pentecostes, o envio do Espírito Santo à Igreja. Com a Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre e foi em cumprimento à promessa de Jesus, que o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. A solenidade litúrgica, muito importante, acontece no mundo inteiro e, em Ponta Grossa, ganha um adereço a mais, com a realização da Festa do Divino, este ano preparada desde o dia 27 de maio, com novenas diárias. Neste domingo (4), a procissão com as bandeiras e imagem sairá da Casa do Divino, às 10h45, em direção à Catedral Sant’Ana. O bispo dom Sergio Arthur Braschi celebra missa às 11 horas.

Para dom Sergio, a comemoração de Pentecostes, em Ponta Grossa, se destaca pela tradição bonita da Festa do Divino. “Somos lembrados, todos os anos, da história daquela senhora que foi miraculada pela descoberta da imagem do Espírito Santo, depois colocada em um ostensório e que é guardada até hoje na Casa do Divino, local de turismo religioso. Fico muito feliz que cresça a devoção ao Espírito Santo”, comenta. O bispo se refere à narrativa de ‘Inhá Maria’, Maria Selvarino Júlio Xavier, moradora de Ponta Grossa, que, em 1882, saiu de casa e ficou vagando pela região, sem memória. Depois de quatro meses, ao se banhar em um rio, entre Carambeí e Castro, achou um pedaço de madeira, provavelmente lasca do casco de um navio, onde a imagem do Divino Espírito Santo aparecia gravada. “Imediatamente, ela recobrou a lucidez. Voltou para casa e colocou a imagem em um ostensório, guardando-o em sua sala. As pessoas, sabendo da história, começaram a pedir graças ao Espírito Santo e eram atendidas. Assim começou a devoção”, detalha a responsável pela Casa do Divino, Lídia Hoffmann Chaves.

Lídia é casada com um sobrinho de Inhá Maria e resgatou a festa em 2003. “Os festejos em homenagem ao Divino aconteceram todos os anos, de 1882 a 1910. Depois que dona Maria morreu, eles deixaram de acontecer”, conta, considerando a festa mais que uma tradição, “é uma devoção popular”. Todos os anos, a família e o Grupo de Festeiros do Divino, composto por 12 pessoas, recebem ajuda de empresas e entidades. Há pouco mais de um mês, Lídia sofreu uma queda, fraturou o úmero e rompeu vários ligamentos, perdendo 50% do movimento do braço e a festa esteve ameaçada. “Apesar de minha recuperação estar lenta, pela ação do Espírito Santo e com a ajuda dos devotos organizamos tudo em 15 dias e vamos realizá-la”.

Em abril, o Grupo de Festeiros recebeu benção especial do bispo e iniciou a divulgação da festa nas paróquias da Diocese, com a bandeira e a imagem do Divino. Segundo Lídia, a devoção ao Espírito Santo vem crescendo. Atualmente, em sete comunidades há coordenadores do movimento, que está organizado oficialmente como Associação dos Devotos do Divino, desde 2008. Há cinco anos, no dia 12 de outubro, o Grupo percorre 25 fazendas na região de Uvaia, levando as bandeiras e a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Também em outubro, acontecem tardes de louvor para lembrar o achado da imagem. “A devoção só cresce em toda a Diocese e devemos isso muito a dom Sergio, que nos ajudou a divulgar a fé no Espírito Santo e nos abriu portas, fazendo com que os padres nos acolhessem”, enfatiza Lídia.

Programação

-09h30: abertura das barraquinhas com café, pastel, bolo, lembranças do Divino, etc

-10h45 :saída da Procissão com as Bandeiras e Imagem do Divino achada em 1882, em direção a Catedral

-11h00 – Missa de Pentecostes com o bispo D. Sergio Arthur Braschi.

– 12h30: chegada das Bandeiras e Imagem do Divino. Almoço será servido Espetinho pão e maionese

-14h30 :apresentação dos Festeiros do Divino

-15h: início da Novena do Divino

– 16h: pregação e louvor

– 19h: encerramento da Festa

 

Divulgação

A visita feita a Paróquia Nossa Senhora do Rosário para a divulgação da festa deste ano

Os festeiros são violeiros e músicos que cantam sua devoção ao Espírito Santo

 

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