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Estudo aponta Paraná com a maior taxa de contágio da covid-19 no país

O estado do Paraná apresenta atualmente a maior taxa de contágio do Brasil pelo novo coronavírus. A afirmação parte de um estudo divulgado do início desta semana e realizado por pesquisadores brasileiros de universidades e institutos de pesquisa. Os dados mostram que a disseminação da covid-19 entre as pessoas está alta no território paranaense.

Conhecida como ‘Taxa R’, essa estatística deve ficar abaixo de ‘1’ para ser considerada positiva e demonstrar queda no número de casos. Em todos os estados do país, ela está acima. No Paraná chega a 1,5.

Na teoria, isso significa que cada duas pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras três no estado. Assim, 100 pessoas com o novo coronavírus contagiam 150 pessoas. O número vai crescendo sequencialmente e mostra a evolução exponencial da doença nas últimas semanas.

O cálculo dessa taxa é considerado complexo e necessita de dados técnicos como o número de novas infecções em um determinado tempo e o grau de infecção dos indivíduos em determinado momento. Normalmente, o número calculado é uma estimativa retrospectiva por conta da dificuldade na obtenção de dados exatos de toda a população instantaneamente. Por isso, a ‘Taxa R’ é variável durante a pandemia.

Porém, o estudo realizado por seis especialistas da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) mostra que a atual fase não é positiva no Paraná assim como nos demais estados.

2ª Onda

A ‘Nota Técnica – Situação da Pandemia de Covid-19 no Brasil’, assinada pelos seis pesquisadores, aponta que a situação se deteriorou no Brasil nas duas últimas semanas e afirma que o crescimento de casos é a 2ª onda da doença em quase todos os estados.

Baseado nos dados oficiais do Ministério da Saúde, a pesquisa conclui que o país teve o pico da doença entre julho e setembro. A partir de então aconteceu uma queda, que terminou no início de novembro com novo crescimento de casos confirmados.

O documento reforça preocupação com as regiões mais populosas do país. No Paraná, por exemplo, é possível atestar essa preocupação pela situação hospitalar da capital Curitiba. Hospitais privados como o Marcelino Champagnat e o Nossa Senhora das Graças emitiram notas nos últimos dias informando lotação máxima.

De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde de segunda-feira (23), a Macrorregião Leste, que inclui Curitiba e Ponta Grossa, é a que apresenta maior taxa de ocupação dos leitos de UTI do SUS destinados exclusivamente para covid-19. Dos 561 leitos, apenas 60 estão livres, o que representa 89% da taxa de ocupação.

Confira o posicionamento da SESA/PR

Taxa nacional

Nesta terça-feira (24), o Imperial College de Londres, no Reino Unido, confirmou que a taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil nesta semana é a maior desde maio. O índice passou de 1,10 no dia 16 de novembro para 1,30 no balanço. Há duas semanas, o número estava em 0,68.

A data, porém, coincide com o atraso na atualização de casos e mortes por covid-19 pelo Ministério da Saúde. Problemas técnicos atrasaram o registro de novos casos e mortes no período, o que influencia os dados.

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