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Embolia pulmonar é causa do óbito de 3% dos pacientes

 

A embolia pulmonar acontece quando um coágulo se desprende e viaja para os pulmões através do coração, podendo bloquear uma das artérias pulmonares. Sem tratamento, a consequente perda da disfunção pulmonar pode levar rapidamente à morte, matando um em cada quatro pacientes. Os estudos sobre a epidemiologia da doença no Brasil são raros, todos com dados de autópsias e mostram que, nessas condições, a prevalência de embolia varia de 3,9% a 16,6%.

Esses resultados são similares a estudos realizados nos Estados Unidos, em que a prevalência do problema varia de 3,4% a 14,8%. No Brasil, dados do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu mostram que a embolia aparece em 19,1% das necropsias, sendo a causa do óbito em 3,7% desses pacientes.

Segundo Mônica Corso, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia, ainda não há dados fidedignos de prevalência de embolia pulmonar na população. Todos os dados disponíveis vêm da análise de pacientes internados e de estudos de necropsia. “Para o diagnóstico, é importante que os médicos conheçam bem os fatores de risco e que façam um bom uso dos exames complementares para se chegar a um resultado definitivo do problema, dessa forma, pode-se instituir o tratamento adequado, que quanto mais precocemente for iniciado, melhor para a evolução do paciente”, explica a médica. 

“Além dos tratamentos consagrados, como a heparina e a varfarina, podemos contar atualmente com novas opções de tratamento, constituindo um arsenal terapêutico mais diversificado, o que certamente trará mais eficácia, facilidade de manejo e melhor controle dos efeitos colaterais”, completa.

Tromboembolismo

Estudos mostram que o tromboembolismo venoso é a terceira causa mais comum de morte cardiovascular em todo o mundo, sendo responsável por uma morte a cada 16 segundos e ficando atrás apenas da doença cardíaca isquêmica e do acidente vascular cerebral (AVC). No Brasil, dois estudos já foram publicados com estimativas, sendo um relatando 0,4 casos de tromboembolismo a cada mil habitantes por ano.

Nos Estados Unidos, estima-se que a doença acometa cerca de 100 pessoas a cada 100 mil habitantes (um terço desses pacientes apresenta embolia pulmonar e dois terços apresentam trombose venosa profunda). A mortalidade no primeiro mês após o episódio pode chegar a 12% por embolia pulmonar e 6% por tromboembolismo.

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