em

Disputa por herança vira caso de polícia em PG

Uma disputa por herança virou caso de polícia em Ponta Grossa. Um dos lances do embate entre herdeiros teria ocorrido às 16h15 de quarta-feira (11) e, na sequência, um vídeo gravado por um dos envolvidos, o empresário Wanderley Fróes Dias, começou a se espalhar por aplicativo de mensagens. Dias aparece com ferimentos na face que, segundo ele, teriam sido causados pelo ex-sócio em dois postos de combustíveis, o cunhado Paulo Barros.

O suposto agressor é secretário municipal de Meio Ambiente de Ponta Grossa. Quem já trabalhou com ele o definiu nesta quinta-feira (12) como “uma pessoa calma e educada”. Acrescentou que não conseguia “imaginar ele sequer levantando a voz”. Mas os fatos foram registrados em boletim de ocorrência da Polícia Militar, sob o código AH605448, que foi acionada por Dias e que esteve no local.

REDES SOCIAIS

Com a repercussão do vídeo, que ‘viralizou’ nas redes sociais, a reportagem procurou os envolvidos para esclarecer os fatos, mas apenas uma das partes se dispôs a conversar. Barros disse apenas, por aplicativo de mensagem, que “trata-se de uma situação familiar de inventário e não há nada a declarar”. Já segundo Dias, o cunhado foi até o posto de combustíveis onde ele estava com a esposa, irmã de Paulo Barros, e usou uma barra de alumínio para agredi-lo.

“O Paulo foi meu sócio nos postos durante 22 anos, até janeiro de 2017, quando saiu por estar no serviço público. Os terrenos onde os postos estão localizados são do meu sogro, falecido em setembro de 2018. Em 1995, nós financiamos um empréstimo com a Petrobras e o meu sogro entrou como fiador e avalista”, contou.

Segundo Dias, com a saída de Paulo Barros da sociedade ficou acordado que a parte dos fundos do terreno seria repassada ao ex-sócio. “O que acontece é que ele quer forçar um acordo que não existe e rasgar o contrato com a Petrobras para ter essa divisão o quanto antes. Mas primeiro precisamos fazer um planejamento de pagamento de contas, para que essa divisão ocorra. Nós não podemos acelerar isso, mesmo que um inventário seja demorado demais”, observou.

A batalha jurídica entre os membros da família se estende há dois anos, por conta do testamento deixado pelo sogro de Dias: “Eu e a minha esposa moramos em um prédio de dois andares no Centro. O meu sogro deixou esse imóvel para o Paulo. Nós vamos respeitar o testamento e iremos sair de lá, mas precisamos ter calma nesse momento e não atropelar tudo. Esses dias o Paulo foi até lá e trocou todas as fechaduras, tanto que eu não consegui entrar em casa”.

O empresário disse que trocou as fechaduras durante a semana. “Ontem ele tentou entrar no prédio e não conseguiu. Então foi até o posto munido de um pedaço de alumínio e tentou agredir a minha esposa. Ela correu e se trancou no banheiro. Depois ele foi no escritório onde eu estava trabalhando e me agrediu quando eu estava sentado. Em seguida entrou no seu carro e fugiu”, detalhou.

Foi quando Dias acionou a Polícia Militar e fez o boletim de ocorrência: “Eu também farei um exame de corpo de delito e vou entrar com uma ação de lesão corporal e danos morais. Também entrarei com um pedido para que ele não possa se aproximar da minha família. A minha esposa está muito abalada”.

Veja:

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.