Em uma economia cheia de incertezas é essencial que o futuro mutuário coloque no seu orçamento não apenas a prestação mensal do financiamento, mas deve levar em consideração os custos adicionais que estão inclusos na compra do imóvel.
O consumidor precisa ter muito cuidado ao fechar um negócio, pois toda compra desse tipo tem gastos extras como: taxas, impostos e custos com mudança e reforma da propriedade. Um bom planejamento financeiro antes de realizar o sonho da casa própria vai evitar aborrecimentos futuros, alerta Marco Aurélio Luz, presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa).
Confira a seguir algumas despesas complementares que estão inseridas no processo da aquisição da moradia:
1) ITBI: O Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis é cobrado pela prefeitura quando há transferência de propriedade, seja casa ou apartamento. O valor do tributo varia dependendo do município em que o imóvel está localizado. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a taxa é de 3%.
2) Escritura: O documento é essencial para dar validade jurídica à cessão de bens de imóveis. Nele há informações sobre a propriedade e das partes envolvidas no negócio. A taxa é cobrada de acordo com o cartório Tabelionato de Notas de cada estado e o preço do bem. No entanto, o pagamento do tributo deve ser feito apenas para quem pagar a moradia à vista. Na hipótese do consumidor optar pelo financiamento bancário, o contrato com o banco vale como escritura temporária.
3) Registro do imóvel: Após feita a escritura é necessário, registrá-la no Cartório de Registro de Imóveis para que comprove por lei quem é o dono do bem. Esse procedimento é essencial, pois, ao individualizar a matrícula da propriedade, será possível ter um histórico de todas as ocorrências relativas ao imóvel e de seus proprietários. O valor do documento varia de acordo com cada estado e o preço do imóvel. Em média, é cobrado 1% do valor da casa ou apartamento.
4) Seguros: Todo financiamento feito dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) deve incluir o pagamento de dois seguros, um para Morte e Invalidez Permanente (MIP) e o outro para Danos Físicos do Imóvel (DFI). Ambos são pagos simultaneamente às parcelas do financiamento. No geral, o custo dos seguros na prestação do imóvel é de 3% a 5%. Mas o consumidor pode economizar no desembolso das apólices ao comparar os seus valores com diferentes instituições bancárias.
5) Taxa de avaliação do imóvel: A tarifa é cobrada pelo banco para fazer a vistoria da propriedade antes de conceder o crédito. O seu valor é fixado pela instituição financeira. Em maio, a Caixa Econômica Federal (CEF) aumentou a taxa de R$ 800 para R$ 2,2 mil. Em média, o preço a ser desembolsado pelo comprador é de R$ 2,5 mil.
6) Outros gastos: O futuro mutuário deve arcar também com o pagamento das certidões emitidas pelo cartório, como, a de ônus reais do empreendimento e custear o serviço do despachante.
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Entre os gastos extras, o comprador deve arcar com documentos como escritura e registro do imóvel