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Como enfrentar uma crise

Com os avanços tecnológicos e a estrutura de transmissão de informações atual, crises, bolhas e oba-oba’s ficaram quase previsíveis. Ninguém sabe quando ocorrerá, mas todos concordam que o espaço temporal entre duas crises está a cada dia menor. Com isso, nos resta analisar do que é composto o mercado: sentimentos!

O mercado de capitais é como uma bela mulher de TPM. Com poucas exceções, as belas mulheres são bravas. Na TPM ficam ainda mais ou tornam-se o oposto, extremamente carentes e sentimentais.

Por mais estranho que pareça, o mercado é exatamente assim. O discurso favorável de uma autoridade respeitada transforma tudo em flores. Já o mesmo discurso vindo de uma autoridade que não tenha boa fama, torna tudo um pesadelo. No curto prazo, os ativos sobem e descem de acordo com expectativas e não com resultados.

As cotações de uma empresa sobem por semanas, às vezes, meses. Depois de levar ao mercado seu resultado apontando lucratividade recorde, as ações caem. Isso acontece com uma frequência absurda, seja por informações privilegiadas, seja pela expectativa generalizada de que a empresa iria muito bem. Uma vez consolidada a expectativa, o ativo perde atratividade, pois o que tinha para acontecer, aconteceu. Esse é o retrato absoluto da mente humana: ações baseadas em esperança.

Também ocorre o contrário, a expectativa da empresa é de prejuízo ou perda de lucratividade e depois que a notícia sai ao mercado, as ações sobem, mesmo com o resultado negativo. Novamente a esperança entra em ação impondo-se sob o discurso de que o pior já passou.

Onde quero chegar com tudo isso? A crise ocorre quando há expectativa de uma crise. As ações caem e o dólar sobe quando acredita-se que virão problemas por aí. Um exemplo claro foi a crise de 2008 no Brasil. O Índice Bovespa caiu 50% em poucos meses, a crise não afetou dessa forma o país e em 2009 as ações que compunham o índice dobraram de valor.

Atualmente, vivemos o auge de uma crise. Esse é o melhor momento para correr riscos. É quando precisamos aproveitar e largar na frente em uma possível retomada econômica que deverá ocorrer em breve, utilizando mais uma vez a esperança. É nesse momento difícil que as grandes oportunidades surgem. O escritor francês Georges Bernanos certa vez proferiu:

A verdadeira esperança é uma qualidade, uma determinação heróica da alma. E a mais elevada forma de esperança é o desespero superado.

 

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