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Busca por emprego atrai dezenas de pessoas a bar liberal em Ponta Grossa

Fila chamou atenção no início deste sábado (Fábio MatavellI)

Dezenas de pessoas formaram fila, na manhã deste sábado (23), diante de um novo bar que deve abrir suas portas entre fevereiro e março, em Ponta Grossa. Segundo Wagner, diretor da House Fantasy Club, o estabelecimento traz para a cidade o conceito de bar liberal e trata-se de um empreendimento similar a outros já existentes em Curitiba e Santa Catarina.

O bar é direcionado principalmente a casais – embora tenha uma cota para clientes solteiros – e permitirá até nudez. A interação entre os casais será livre, desde que haja aceitação entre as partes e não ocorra ofensa. Dividido em dois níveis, o primeiro piso permitirá até uso de lingerie, enquanto o segundo, no subsolo, permitirá um maior envolvimento entre os casais.

“Teremos um público seleto, e vamos priorizar a privacidade dos clientes. Daremos treinamento, mas esperamos dos nossos funcionários força de vontade, boa interação com as pessoas e controle para lidar com diferentes tipos de situações”, diz Wagner, acrescentando que os dois sócios do empreendimento realizaram pesquisa de mercado e identificaram um nicho de mercado a ser explorado por moradores da cidade e da região dos Campos Gerais.

A procura

Cerca de 80 pessoas estavam em frente ao imóvel, por volta das 9 horas da manhã, aguardando a primeira entrevista e a chance de entregar seu currículo para as vagas de garçonete, garçom, recepcionista e auxiliar de limpeza.

Uma delas era Kelly*, 28 anos. Após 13 anos casada, ela se separou e agora procura, há pelo menos três meses, seu primeiro emprego. “Tenho só o ensino médio e, sem experiência, está quase impossível conseguir uma oportunidade. Tentei mercado, loja, e agora tenho a esperança de uma vaga aqui”, diz. Para ela, significa independência financeira para sustentar a casa onde vive com sua mãe e três filhos; a criança mais nova tem quatro anos.

Já Martina, aos 41 anos, trabalhou como caixa, cobradora, vendedora e auxiliar de crédito. Segurava o currículo na expectativa de que os proprietários do bar dessem a ela uma oportunidade. “Espero que eles dediquem tempo para ensinar o que for preciso para o desempenho da função, e que deem oportunidade pra gente que tem família pra sustentar”, comentou ela, que é separada do marido e há quatro meses procura trabalho.

* A reportagem omitiu o nome real dos entrevistados para preservar a privacidade dos envolvidos

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