A BRF retoma normalmente hoje as atividades na sua fábrica de Carambeí. O setor de abate de aves da unidade estava parado desde o último dia 21 de maio, devido ao período de férias coletivas. Aproximadamente 1,2 mil colaboradores estão retomando às suas funções.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Carambeí, Wagner do Nascimento Rodrigues, o setor de abate voltará em dois turnos de trabalho e, neste momento, não há informações de novas demissões.
Conforme Wagner, os cerca de 40 desligamentos que ocorreram antes do processo de férias coletivas (entre os dias 14 e 18 de maio) não se consolidam em massa. Ele explica que existe grande rotativa no setor de frigorífico, que gira em torno de 20 a 30 desligamentos por mês. Entre os motivos que levam à alta rotativa estão às aposentadorias e a não adaptação por falta de experiência.
Por outro lado, Wagner observa que a empresa teria afirmado que não pretende efetuar novos desligamentos nos próximos meses. “Vamos ter que aguardar para ver se não ocorrerão outras demissões”, diz.
Antes das férias, Wagner explicou que a produção que sai da BRF de Carambeí não tem como foco o mercado europeu, mas segue para o Halal. No entanto, ele observou que mesmo o embargo não atingindo diretamente à fábrica a unidade pode ser impactada futuramente caso continue registrando prejuízo financeiro.
Nota
A BRF, através de nota, explicou que para as férias coletivas a companhia considerou “a necessidade de adaptações no planejamento de produção, em decorrência de ajustes para atender à demanda”. Ontem, a companhia afirmou a retomada normal a partir de hoje, mas não falou sobre a quantidade de aves que serão abatidas nos próximos dias.
A BRF é a maior empresa no Brasil de produção de proteína animal e maior exportadora de aves. Detém um portfólio com mais de 800 produtos, com destaque para a Sadia, considerada a marca mais valiosa do Brasil em alimentos; Perdigão, que compõe em 80% das categorias do segmento de alimentos industrializados e Qualy, presente em sete de cada 10 casas brasileiras.