Após tumultos, a Guarda Municipal acompanhará as sessões na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa. Assim, a partir de agora, as sessões ordinárias, que acontecem nas segundas e quartas-feiras, contarão com a presença de uma equipe da Guarda Municipal. O pedido foi oficializado pelo presidente do Legislativo, Daniel Milla (PSD), à Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública.
“A secretaria vai disponibilizar equipe da Guarda Municipal para que acompanhe as sessões e nos ajude a evitar confusão, de forma que se mantenha o respeito tanto do lado de quem vai até a Câmara para fazer manifestação quanto do lado dos próprios parlamentares”, aponta Milla”.
A maior e mais recente confusão aconteceu na quarta-feira (18), antes que a sessão fosse iniciada, com um bate-boca entre um cidadão que estava na galeria para acompanhar a sessão e vereadores. Em pé, o cidadão pediu licença a Milla e começou a falar. “Eu tenho visto esta Casa tomando decisões vergonhosas para a cidade de Ponta Grossa”, afirmou. No mesmo instante, no plenário, o vereador Paulo Balansin (PSD) reagiu. Pediu respeito pelos vereadores e os dois começam a discutir, de forma exaltada. O bate-boca se arrastou até que Milla solicitasse então a presença de forças de segurança na galeria para retirar o cidadão, que acabou saindo por conta própria. A Guarda Municipal foi acionada e acompanhou o restante da sessão na Guarda Municipal nas sessões da Câmara de Ponta Grossa.
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Na sessão de quarta-feira, a Câmara aprovou, em segunda discussão, projetos de decreto legislativo que aprovaram as contas referentes ao exercício financeiro de 2000 e de 2017, do governo de Jocelito Canto e Marcelo Rangel, respectivamente. Ambas as contas tiveram parecer prévio do do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) que orientavam pela desaprovação das contas. Especialmente na segunda-feira (16), quando ocorreu a votação em primeira discussão, pessoas ocuparam a galeria e se manifestaram contrárias à aprovação das contas.
Outro projeto de lei discutido e aprovado recentemente que também movimentou a galeria e dividiu os cidadãos entre apoiadores à medida e de forma contrária à proposta foi o PL 117/2021, de autoria dos vereadores Leandro Bianco (Republicanos) e Pastor Ezequiel Bueno (Avante), e que proíbe a denominada linguagem neutra na grade curricular e no material didático de instituições de ensino públicas ou privadas, assim como em editais de concurso em Ponta Grossa. Durante a discussão do projeto, a vereadora Josi do Coletivo (PSOL), que defendia argumentos contrários à medida teve seu discurso interrompido diversas vezes por manifestações vindas da galeria.