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Após reintegração de posse, famílias ainda aguardam por água e luz

As oito famílias que ficaram desalojadas, no mês de abril, após uma reintegração de posse no Jardim Atlanta, bairro Boa Vista, foram contempladas com terrenos destinados pela Companhia Ponta-grossense de Habitação (Prolar), no Núcleo Gralha Azul. Há cerca de um mês, os moradores ergueram suas moradias com os materiais que pertenciam às casas demolidas. Apesar de estarem se recuperando do susto do mês passado, os moradores ainda estão sem água e luz.

“Consegui erguer a minha casa em quatro dias. Antes disso, fizemos uma barraca com lona e estávamos dormindo nela. Mas, ainda estamos enfrentando o problema de estarmos sem água e luz há de um mês. Tivemos que negociar para pegarmos água encanada da vizinha”, relata o morador Sérgio Cardoso. “Nós não estamos pedindo de presente, estamos contratando o serviço”, completa.

O casal Erielton de Melo e Scheila Aparecida Ribeiro da Rocha são pais de um bebê de apenas um mês. Eles dizem que estão preocupados, principalmente, pela saúde da filha. “Algumas vezes pegamos água de uma bica aqui perto. Tem vezes que a água vem limpa e outras com cheiro ruim. Além disso, temos medo de dar leite azedo para a bebê já que não temos energia para resfriar o leite”, disse Erielton.

“Em uma das casas tem quatro crianças e uma deles está com apenas quatro dias de vida. A saúde delas também corre perigo por ingerir água contaminada”, acrescentou Scheila.

Apesar do problema de infraestrutura, os moradores dizem que estão felizes com a nova casa. “Comprei mais madeira para fazer a casa e fiz um banheiro improvisado. Apesar de estarmos longe do centro, acho que aqui estamos bem instalados”, ressaltou Sérgio.

Prolar

A reportagem do Jornal Diário dos Campos entrou em contato com a Prolar para falar sobre o problema da água e luz. Em nota, a assessoria de comunicação informou que a situação já sendo resolvida pelo órgão e o departamento de Patrimônio. A expectativa é de tudo esteja resolvido até a próxima semana.

Relembre

Cerca de 30 pessoas precisaram sair de suas casas no começo do mês de abril. As famílias estavam morando há cerca de 10 meses em uma área particular. O mandado foi expedido pela 2ª Vara Cível – comarca de Ponta Grossa.

Ao todo, 14 casas foram desmontadas. Os moradores carregaram seus móveis e demais pertences em caminhões que foram disponibilizados para que houvesse a mudança. As famílias permaneceram alojadas durante dois dias no Ginásio Oscar Pereira e depois serão realocadas nos lotes cedidos pela Prolar.

 

 

Rodrigo Covolan

Famílias buscam refazer suas vidas após reintegração de posse

 

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