Com tanta briga, passeatas, discussões e memes nas redes sociais, hoje o papo é política. Mas não a que você já não está aguentando mais ouvir falar. E sim a influência da política nos seus investimentos. Vamos começar analisando períodos?
- 2014 – Dilma está na frente nas eleições: bolsa cai, dólar sobe, juros sobem: mercado não gosta da gestão de Dilma, para ela, é preconceito com a mulher (haha!);
- 2014 Dilma ganha as eleições: bolsa sobe, dólar estabiliza, juros caem: A expectativa do mercado se consolidou, portanto, não há mais motivo para pânico;
- 2015 – 1º semestre Na sequência das eleições, dólar volta a subir forte, bolsa a cair e a taxa de juros futuro dispara na perspectiva de uma recessão econômica. Surge um pedido de impeachment. Segundo Dilma, é preconceito com a mulher e golpe das elites (haha²!);
- 2015 – 2º semestre Com a possibilidade de impeachment, empresas listadas continuam a se desvalorizar, Brasil perde o selo de bom pagador perante o mundo, juros de médio e longo prazo alcançam seu patamar máximo em anos, juros de curto prazo ficam voláteis sem uma visão clara da política econômicado governo e dólar passa dos R$ 4. Nesse momento passamos a indicar o travamento de taxa de juros para médio prazo e a compra de títulos públicos (tesouro direto) atrelado a inflação. Mercado de ações começa a ficar atrativo, mas ainda não há porque investir muito pesado.
- 2016 Realidade do impeachment bate à porta: Políticos e empresários presos: bolsa de valores dispara recuperando as quedas de Janeiro e já acumulando alta de 16% no ano, dólar cai vertiginosamente, juros futuros caem com a perspectiva de melhora no cenário e na confiança do empresário e do consumidor, desemprego cresce, inflação recorde. Resumo da ópera: a economia e a política estão em frangalhos, mas o brasileiro e o mercado financeiro, em conjunto, passam a ver um futuro melhor. Para Dilma, além de preconceito contra a mulher e golpe das elites, agora a culpa é da Globo.
Segundo Marx: o que caracteriza a economia política burguesa é que ela vê na ordem capitalista não uma fase transitória do progresso histórico, mas a forma absoluta e definitiva da produção social. E de fato, está certo! É o capitalista quem gera empregos e alimenta a economia e os cofres públicos, não o governo. O péssimo exemplo petista dos últimos anos nos serve de lição para que hoje o Brasil todo grite: fora comunistas! O que nos tirará da recessão é o choque de credibilidade com a queda do governo atual, e já avisava José Saramago:
Se toda a política precisa de uma economia, a economia determina uma política!