Após seguidas demonstração da sua capacidade cognitiva e interlocutória em um curtíssimo período de tempo, na coluna de hoje questionaremos a nossa presidente sobre algo não tão engraçado: a atual situação econômica brasileira.
Nas últimas duas semanas vimos Dilma: saudar a mandioca, afirmar que somos homo sapiens e mulheres sapiens, discorrer sobre o preconceito que sofre por ser mulher quando questionada sobre sua capacidade gerencial e que não se pode respeitar delação premiada.
Diante de tais atos e mesmo tendo uma agenda muito positiva nas visitas recentes de chineses e na sua ida aos Estados Unidos, Dilma conseguiu atingir a menor popularidade desde Sarney em 1989. Os motivos são listados abaixo:
Inflação alta, IPCA acumulado de 12 meses próximo à 9%.
Desemprego crescente, alcançou em maio o maior patamar desde Agosto/2010.
Recessão, previsão de -1,5% no PIB de 2015.
Aumento de impostos e redução nas desonerações tributárias.
Além disso, diante da briga entre palácio do planalto e congresso, a classe política foca na redução da maioridade penal e discute propostas de parlamentarismo,esquecendo a real necessidade de colocar o Brasil nos eixos.
Como resultado, a massa salarial caiu 10% em seis meses segundo dados do IBGE. Tudo está mais caro, temos menos dinheiro e a preocupação maior parece ser quem vai ou não ser preso pela Operação Lava-Jato. O ajuste fiscal vem sendo conduzido de forma divergente do que a racionalidade impõe e o custo é inteiramente da população enquanto são aprovados aumentos salariais para o judiciário e não há cortes de cargos e ministérios.
Assim resta questionar, qual o culpado por isso? A má condução econômica dos últimos anos, a mandioca, o preconceito por Dilma ser mulher ou os delatores? Dilma além de perder boas oportunidades de ficar calada, parece buscar a garantia da própria impopularidade.