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A bolsa, o PIB e a expectativa

A maior parte dos profissionais do mercado financeiro sabe que a bolsa trabalha mais sob a expectativa de grandes acontecimentos do que com o acontecimento em si. Para comprovar isso, na coluna de hoje faremos um apanhado do desempenho anual do Índice Bovespa (principal referência do mercado de ações brasileiro) dos últimos 10 anos e sua correlação com o crescimento do PIB brasileiro.

Ano Índice Bovespa PIB

2006         +32,9%      +4,0%

2007         +43,7%      +6,0%

2008                 -41,2%      +5,0%

2009         +82,7%      -0,2%

2010         +1,0%        +7,6%

2011         -18,1%      +3,9%

2012         +7,4%        +1,8%

2013         -15,5%      +2,7%

2014         -2,9%        +0,1%

2015*        +11,7%*    -1,1%*

* Ano corrente, dados da bolsa até o fechamento desta matéria e valor do PIB é a referência do último boletim Focus (27/04).

Ou seja… Analisando historicamente, temos um momento de grande expansão econômica onde nossa bolsa subiu vertiginosamente. Em 2008, com uma forte expansão de 5% do PIB, tivemos uma perda de 41% no índice Bovespa. O que explica isso? A perspectiva de uma contração e uma crise mundial advinda dos problemas imobiliários nos Estados Unidos. O resultado foi que em 2009 tivemos recessão de 0,2% enquanto a bolsa recuperou toda a sua queda e mais um pouco, subindo incríveis 82,7%.

Ao longo do primeiro mandato de Dilma, vimos as ações caindo muito mais do que subiam mesmo com o país crescendo (a taxas menores). Isso se explica pelo intervencionismo governamental na economia e pela previsível capacidade de degradação econômica que a iniciativa pública historicamente demonstra. Atuando de forma a estragar o país sem perceber, o governo permitiu que o mercado antecipasse uma crise iminente. Com o PIB apresentando melhora em 2013, a bolsa derreteu. Em 2014 a bolsa continuou perdendo valor mas de forma muito mais branda enquanto o PIB estagnava e surgia a previsão de recessão acentuada para 2015.

Em meio a pior crise dos últimos anos, o Ibovespa sobe 11,7%, até o momento, diante de um cenário totalmente adverso, lembrando as características do biênio 2008-2009. Observando as cotações dolarizadas, o cenário fica ainda mais parecido.

Que lição podemos tirar disso? Simples: o melhor momento para se comprar ações é em uma crise. Quando as pessoas fogem do risco temendo perder é onde a oportunidade surge. Em uma crise o dinheiro não some, apenas muda de mãos. Vai permanecer de braços cruzados?

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