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Aluna da UEPG conquista medalhas no paradesporto

Stephanie Borba é residente técnica na Projur e atleta de corrida, salto em distância e lançamento de disco

Stephanie conquistou um ouro e duas pratas nas Paralimpíadas Universitárias. Imagem: Amanda Santos/UEPG

O Dia da Pessoa com Deficiência no Brasil é celebrado no dia 11 de outubro. Na Universidade Estadual de Ponta Grossa, a inclusão é tema recorrente através de ações afirmativas, projetos e programas organizados por diversos setores. Para Stephanie Borba, a instituição é local de crescer e evoluir. Portadora de deficiência visual e aluna de pós-graduação da instituição, ela atua como residente técnica na Procuradoria Jurídica (Projur) da UEPG. Ela também é paratleta e recentemente conquistou medalhas nas Paralimpíadas Universitárias

Stephanie tem uma rotina puxada em treinos de corrida, salto em distância e lançamento de disco. Na última semana, a jovem bacharel em Direito foi medalhista das Paralimpíadas Universitárias, em que representou a UEPG e levou Ouro em Salto em distância, prata em 100 metros rasos e prata em lançamento de disco.

Desafios

Durante a gestação, a mãe de Stephanie teve toxoplasmose, doença infecciosa que quase não transmite sintomas, mas trouxe sequelas. “Nasci com baixa visão por conta de um descolamento de retina”, explica. Aos 13 anos, a jovem passou a ter cegueira total, o que não a impediu de conquistar o diploma de Bacharelado em Direito.

Dois anos após formada a atleta participou da prova de Residência Técnica em Gestão Pública da UEPG. “Fiz a prova com inscrição em ampla concorrência; a princípio fiquei na lista de espera, mas me chamaram e iniciei em fevereiro deste ano”, celebra.

“No mercado de trabalho fui rejeitada, não tive oportunidades de estágio, só os não remunerados, e aqui estou tendo contato com o que realmente aprendi”, celebra. Ela ainda enfatiza que estar no NPJ é uma troca. “Aprendo sobre o direito e, por outro lado, ajudo o pessoal a aprender sobre as deficiências”, afirma.

Medalhas no paradesporto

A trajetória no esporte iniciou dois anos após perder a visão, como forma de ter qualidade de vida. Tudo mudou a partir dos Jogos Escolares de Toledo, primeira competição em que participou, momento que Stephanie afirma ter sido um divisor de águas. O atletismo, a partir daquele momento, se tornou inegociável para a bacharel.

Recentemente, na fase Nacional das Paraolímpiadas Universitárias, Stephanie conquistou um ouro e duas pratas, sendo que os treinos em disco são recentes. “É uma experiência única, e olha que é a primeira vez que participo. Espero representar a UEPG muito mais vezes, sou grata ao apoio que ela me dá”, compartilha.

José é calouro no curso de Educação Física e conheceu Stephanie através do Grupo de Estudo sobre Respostas e Adaptações Fisiológicas ao Exercício (Gerafisio). Em certa aula José comentou que era praticante de atletismo e tinha interesse em competir ou ajudar quem estivesse treinando para isso. “O professor viu que era uma oportunidade de ajudar a Ste. Foi uma oportunidade que surgiu na hora certa e está me dando muita experiência”, afirma.

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