O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, uma resolução que dá à Justiça Eleitoral mais celeridade para a retirada de notícias falsas (fake news) de sites e redes sociais.
Durante a sessão de quinta-feira (20), o presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, disse que, diante do “aumento de notícias fraudulentas” e de discursos de ódio observados durante o segundo turno destas eleições, convidará representantes das duas campanhas presidenciais para uma conversa.
Bolsonaro
O assunto foi um dos temas de encontro do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL), com o presidente da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e prefeito de Piraí do Sul, Henrique Carneiro. O prefeito esteve cumprindo agenda na capital federal na quarta-feira (19). “Como candidato, ele [Bolsonaro] solicitou o apoio dos municípios de nossa região”, contou Carneiro.
O movimento, pedido por Bolsonaro, conforme o presidente da AMCG, é para que os prefeitos conscientizem a população quanto a importância do voto. Além disso, que, cada eleitor, se certifique da veracidade das informações que estão sendo veiculadas nos últimos dias de campanha eleitoral. “Sabemos que há muita desinformação e veiculação de fake news”, disse Carneiro. Quanto aos votos, a AMCG deve lançar nos próximos dias um vídeo, gravado pelos prefeitos municipais, incentivando a população a sair de casa e exercer o seu direito de voto.
Lula
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, nessa quinta-feira (20) também abordou um item que diz ser fake news nessa campanha. Ele rebateu afirmações de que o Bolsa Família, durante os governos do PT, era menor do que o valor atual do Auxílio Brasil, que está em R$ 600.
Segundo o candidato, a comparação não é possível porque houve interrupção dos reajustes após a saída do PT do governo. “[Se em 2016] tivessem reajustado a inflação no Bolsa Família, o valor seria hoje de R$ 780. Vamos fazer reajuste do Bolsa Família e garantir para cada pessoa R$ 600 para cada um e mais R$ 150 por cada filho de até 6 anos de idade”, prometeu.
Em campanha nessa semana, ele também disse que pretende criar o Ministério da Segurança Pública com foco, principalmente, no combate a armas e drogas. Disse, ainda, que vai retomar obras paralisadas após o impeachment de Dilma Rousseff.