Foi definida nesta terça-feira (21) a sentença de Márcio Rodrigues e Emerson Luiz Martins Ferreira, acusados da morte do professor Lucas Ferreira de Oliveira, em Ponta Grossa. O crime ocorreu em dezembro de 2019 e teria envolvido mais uma pessoa: a ex-mulher de Lucas, Patrícia Bruning Manchenho, que será julgada separadamente.
Os dois homens foram a júri popular no Fórum de Ponta Grossa e após cerca de 15 horas de plenário acabaram declarados culpados, recebendo a condenação de 23 anos de prisão, no caso de Márcio Rodrigues, e 32 anos de prisão, no caso de Emerson Ferreira.
Eles foram julgados por homicídio duplamente qualificado, mediante pagamento e por dificultar a defesa da vítima. Os dois ainda responderam por furtos, por supostamente terem subtraído o cartão de crédito da vítima e realizado compras no comércio local.
“Nós provavelmente vamos entrar com apelação porque o Márcio confessou e não teve a redução da pena em decorrência disso, e também porque algumas das práticas de furto foram imputadas a ele de forma errônea. Em nenhum momento pedimos absolvição, apenas a condenação com base na menor participação. Também conseguimos remover a qualificadora da questão de ele ter recebido pagamento pelo crime”, destaca Wagner Soares, advogado de defesa de Márcio.
Ex-mulher
A ex-mulher do professor Lucas, Patrícia Bruning Manchenho, também foi acusada de envolvimento no assassinato – inclusive, de ser a articuladora do plano de morte e mandante do crime contra a vítima.
Ela chegou a ser presa, mas conseguiu habeas corpus e responde o processo em liberdade. Patrícia será julgada separadamente, mas, segundo o promotor de Justiça Rafael Muzy Bittencourt, ainda não há previsão de data para o seu julgamento.
Entenda o crime da morte do professor em Ponta Grossa
Lucas morava em São Paulo e veio até Ponta Grossa, em dezembro de 2019, para visitar o filho de cinco anos. A vítima estava na companhia da noiva e passeou com o filho no sábado do dia 14. No dia seguinte, 15, ele teria ido sozinho buscar o filho novamente, no período da manhã, e depois disso nunca mais foi visto.
A família chegou a vir para Ponta Grossa e procurou ajuda da polícia após o desaparecimento. “A polícia já recuperou o celular dele que estava com suspeitos de tráfico e já soubemos que o cartão de crédito dele foi utilizado em algumas compras, além de saques que foram efetuados”, disse o irmão da vítima na época, Vinícius Oliveira.
O corpo do professor foi encontrado dias após o seu desaparecimento, no dia 22 de dezembro, na região do Núcleo Santa Tereza. A vítima estava amarrada com cordas e apresentava sinais de enforcamento perto de um poço.
*Matéria em atualização